terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Aos que são de Deus verdadeiramente


     Com a graça de Nossa Senhora chegamos firmes na luta ao fim de mais um ano.
     Enquanto Nossa Senhora de Fátima não determinar o fim de tantas coisas ruins, nossa cruz é caminhar santamente dentro desse caos religioso e temporal que nos atinge.
     Tanto o ambiente religioso como o temporal são nossas arenas psicológicas e morais. E, tal como no velho Coliseu podíamos encontrar os ídolos pagãos de então, hoje encontramos os mesmos ídolos com aparência nova que dominam nosso século, aguardando que cada um de nós esmoreça e traia a Causa de Deus. Basta lançar um punhado de incenso nos pés dos ídolos modernos que estaremos livres das perseguições do mundo: idolatria pelo dinheiro e a saúde, pelo amor livre e as maiores aberrações sexuais, pelo prestigio e o poder, pelo ateísmo e pelo panteísmo ou a gnose, garantirão nossa ótima colocação no panorama moderno da vida.
     Até o novo governo pode nos dar a impressão de que tudo entrará nos eixos. Oxalá! Esperamos! Mas não podemos esquecer que só unidos a Deus os homens vencerão os seus males. Sem ele nada de verdadeiro, bom e belo é possível.
     Nesse clima chegamos ao mês de dezembro, em que se comemora o Santo Natal do Salvador.
     O panorama que traçamos acima é plúmbeo e assustador, mas a nossa missão neste mundo tão contrário a Deus é mais bela do que é feio o panorama dos acontecimentos.


     Se nos mantivermos fiéis, inabaláveis, nossa luz brilhará para o mundo tenebroso como brilham os faróis do mar de Iroise – mar da região da Bretanha, na França, que tem a fama de ser um dos mais perigosos da Europa – levando muitos a não soçobrarem nesse mar tempestuoso de pecados gravíssimos.
     É belíssima a vocação de ser um farol nos mares de Iroise durante a noite tempestuosa dos acontecimentos atuais.
     Digo isto com a intenção de sugerir ao leitor ou leitora, neste Natal, uma meditação diante do Menino Jesus no presépio.

     Aquele Menino tão frágil, tão pequenino, tão indefeso que vemos na manjedoura, esquecido e abandonado por tantas e tantas almas, não é outro senão o Deus criador de todo o Universo, redentor de todos os homens, o mais amoroso, o maior amigo de todos os homens, mas também o juiz de um poder infinito que julgará a todos nós, dando o prêmio aos que são dEle e a eterna punição aos que são contra Ele.
     Façamos tudo o que pudermos para que Ele não seja esquecido, ignorado, abandonado pelos homens ingratos. Cumulemo-lo com nosso amor mais profundo e ardente e repudiemos com força total tudo o que se opõe a Ele e aos Seus infinitos desígnios.
     Para que consigamos realizar essa atitude com perfeição, como sempre apregoou o inesquecível Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, recorramos à intercessão de Nossa Senhora, Sua Mãe incomparável, inesgotável, e também nossa Mãe, A quem Ele não recusa nenhum pedido.
     Que o Menino Jesus, Nossa Senhora e São José lhe proporcionem, amigo de Deus, amiga de Deus, o mais Santo dos Natais, com o privilégio de desagravar de modo muito especial os Sagrados Corações de Jesus e de Maria pelos pecados que são cometidos contra eles pela humanidade hoje tão desviada!

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O Papa Francisco mudou o paradigma da Igreja sem poder para tal


O tema deste artigo é um importante livro lançado na semana passada, em Roma, pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, de autoria de um veterano discípulo de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira e escolado ativista da Contra-Revolução, José Antonio Ureta, um dedicadíssimo estudioso dos acontecimentos e de aspectos doutrinários que envolvem a Igreja em nossos dias.
É um livro precioso porque vem dirimir questões muito dolorosas para a consciência de incontáveis católicos fieis à imutável e infalível tradição da Igreja.


As modificações que estão sendo efetuadas pelo Papa Francisco estão deixando perplexos um número cada dia mais crescente de católicos. Em Roma, o público que tradicionalmente aflui à Praça de São Pedro para a bençãos papal vem diminuindo a olhos vistos. Veja bem: é em Roma que isto está ocorrendo.
Os temas que mais têm despertado polêmica são vários: comunhão aos "recasados" (ou seja, aos que vivem em união ilícita, praticando o concubinato e o adultério); comunhão a pessoas de outra religião; condescendência cúmplice em relação ao pecado de homossexualidade; recebimento cordialíssimo a pessoas inimigas da família e defensores do aborto e até da eutanásia; acolhida calorosa a subversivos dos chamados "movimentos sociais". Isto sem falar do estímulo suicida à migração de refugiados muçulmanos, destrutiva do que resta de civilização cristã na Europa, e além do mais trazendo em seu bojo terroristas fanáticos e assassinos.
Mais recentemente, a declaração escandalosa de "legitimação" da ilegítima e cismática religião Ortodoxa russa, e a concomitante censura aos católicos ucranianos que não querem aceitar os "popes" dessa falsa religião da Rússia.
Para terminar, o apoio escancarado ao movimento mundial que caminha para o estabelecimento da ditadura ecologista, e a pretexto desta, de supressão do princípio básico da propriedade privada, um dos alicerces de uma ordem social católica.
Ora, há duas atitudes “fáceis” (erradas) que os católicos são levados a tomar em face dessas modificações todas, que o Papa Francisco vem promovendo na conduta da Igreja Católica:
1ª Atitude errada: "Francisco é Papa, logo ele é infalível em tudo o que faz, até em suas opiniões políticas. Por isso eu o seguirei em tudo o que ele fizer. Prefiro errar com o Papa do que acertar sem ele".
2ª Atitude errada: "Francisco erra tanto que já não é mais Papa. A Sede de Pedro está vazia, está vacante".


            Pois bem, o livro de José Antonio Ureta não cai em nenhum desses dois desequilíbrios, e aponta para a verdadeira conduta que deve ter um católico nessa emergência trágica. O título já diz tudo: "Mudança de Paradigma do Papa Francisco: continuidade ou ruptura na missão da Igreja? Balanço quinquenal de seu pontificado".
            O autor entra a fundo na análise do problema de consciência e indica a posição equilibrada, virtuosa, que os católicos devem tomar para não entrarem em choque com a posição de fidelidade à Igreja Católica, a única Igreja verdadeira, do único Deus verdadeiro, mas ao mesmo tempo não aderir aos desvios de conduta e de doutrina a que são implicitamente empurrados.
            O livro pode ser baixado diretamente do site do IPCO, no seguinte link: https://ipco.org.br/a-mudanca-de-paradigma-do-papa-francisco-continuidade-ou-ruptura-na-missao-da-igreja/#.Wzt0MNJKiUk
            Porém, permito-me sugerir-lhe que, antes de o ler o livro, assista à pequena entrevista em português, dada pelo Sr. José Antonio em Roma, no dia do lançamento: https://ipco.org.br/videos-ipco/#.WztzM9JKiUk
            Se dispuser de tempo, indico ainda o vídeo da própria conferência do autor no mesmo evento em Roma. Ela está legendada em português. Caso a legenda não apareça, basta ir ao canto inferior direito do quadro do filme e acessar o ícone de configuração e clicar em idioma português: https://ipco.org.br/videos-ipco/#.WztzotJKiUk

É lamentável que as coisas tenham chegado até esse ponto, mas constitui um alento dentro da luta para os autênticos filhos e filhas da Santa Igreja uma obra que esclarece de tal maneira as coisas e coloca tudo nos seus devidos termos.
            Que Nossa Senhora intervenha o quanto antes para fazer cessar tudo quanto não está inteiramente de acordo com o Seu Divino Filho e com o Seu Imaculado Coração.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Só a Fé garantirá nossa sanidade mental


       Sabemos que a Idade Média foi a época mais católica da Histó-ria mas, antes de a Idade Média germinar, o Império Romano havia se desmoronado até os alicerces. E foi dos seus escombros, de debaixo dos seus entulhos materiais, mas sobretudo morais e religiosos, que o poder de Deus se fez sentir.

     E o inimaginável aconteceu: das ruínas do Império Romano floresceu a Europa católica, criando uma civilização que foi a mais bela realização da história de toda a Humanidade. Uma civilização que subiu tão alto, que ainda hoje é o maior foco de turismo no mundo, apesar de ter atingido um nível de desfazimento e de podridão ideológica e moral nunca vista desde Adão e Eva.

     Convido o leitor ou a leitora a acompanhar-me numa análise da realidade hodierna inimaginável duas décadas atrás.

     Atualmente existem várias frentes que estão propriamente enlouquecendo a humanidade. Desde logo a Ideologia de Gênero a qual impõe que a opção sexual obedeça, não às características fisiológicas masculinas ou femininas, mas a uma escolha psicológica, que nasce na mente de cada um. E ela escolhe o "gênero" que quiser.

     Quem adere a tal ideologia nega, no fundo, a verdade que lhe entra pelos olhos, nega a evidência mais elementar. Isso caracteriza um disturbio psíquico.

     Se alguém chega diante de mim com uma furadeira na mão e me diz que é uma garrafa de água mineral, só posso tirar uma conclusão: ela enlouqueceu.

     Pois bem, nunca na história da Humanidade houve uma tal falta de senso. Nem mesmo nas tribos mais primitivas da África, da Papua, da América silvícola, se chegou a esse ponto.

     Nossa análise não morre aí. Abordemos agora outro aspecto: a moda das roupas esburacadas. Se perguntarmos a alguém por que está usando aquela roupa esfarrapada, ela não dará um motivo lógico. Na melhor das hipóteses dirá: "Não sei, é porque está na moda". Loucura!

     Há poucas semanas sairam notícias de que algumas "famosas" (que como sabemos absolutamente não se destacam pela virtude, e cuja fama foi erguida artificialmente pela mídia, que as apresentam como exemplo a ser seguido) passaram a usar o short (peça já sumaríssima e a última etapa antes da extinção da roupa) desabotoado na cintura.

     Foram elas que resolveram isto? Ou alguém as mandou? Não há aí a intenção de jogar a sociedade mais fundo no lodo da perdição? Pois bem, essas "famosas" serão imitadas docilmente por um número incontável de mulheres que já não pensam e perderam o senso moral. E por que o clero não se manifestou até agora contra isso?

     Por último, muito de passagem, quero focalizar outra loucura: o aparecimento de um movimento sustentando que a terra é plana e não redonda! Seus adeptos constroem toda uma teoria amalucada, sustentando que as infindas fotos comprovando a esfericidade da terra e dos astros são manipulações da NASA.

     A eles poderíamos perguntar: onde estão as fotos do que seria a parte de baixo da terra plana? E como os oceanos são retidos e não vazam da terra? E os milhares de aviões que voam em todos os sentidos no entorno do globo: nenhum jamais descobriu que a terra é plana? E a curvatura dos oceanos, visível a olho nu etc., etc.?

     A pergunta se põe: não será que a soma de todas essas loucuras está configurando um estado patológico da opinião pública mundial?

     Evidentemente, há aqueles que, firmes em sua Fé católica, amparam-se em Nossa Senhora e se nutrem da esperança inquebrantável no triunfo do seu Imaculado Coração. Nós somos destes!

     Os primeiro cristãos eram lançados às feras na arena do Coliseu. Hoje estamos sendo lançados na arena da loucura. Temos de nos defender das pressões aplicadas nas pessoas para que percam sua identidade, sua individualidade, sua mentalidade e se entreguem à escravidão que as impede de voarem para Deus e se santificarem.

     É de grande beleza ser fiel nesses dias, dizia Dr. Plinio, desde que não pactuemos em nada com o mundo.

     Nós não nos entregaremos, mas lutaremos, sempre dentro da lei de Deus e dos homens, e Nossa Senhora vencerá!