Para nós, católicos da Igreja
militante, o panorama está se enegrecendo cada vez mais na Santa Igreja
Católica, Apostólica, Romana.
A
ofensiva esquerdista que está sendo preparada no Sínodo dos Bispos sobre a
Amazônia prenuncia uma verdadeira revolução não só a respeito da maneira de ver
a Igreja, mas com reflexos apocalípticos para toda a ordem mundial.
Há pouco foi publicado o
documento Instrumentum laboris que define a pauta desse Sínodo. É
verdadeiramente assustador! Poderia muito bem se chamar de documento
preparatório do Concílio Vaticano 3º., pois esse Sínodo está para o Concilio
Vaticano 2º. como este está para o Concílio de Trento.
Em
outras palavras, a verdadeira explosão de modificações pastorais e doutrinárias
que o Concílio Vaticano 2º. provocou na Igreja se repetirá com o lançamento da
Igreja Amazônica, mas num âmbito muitíssimo mais grave e radical. A tal
hermenêutica da continuidade, já impossível, pura e simplesmente se evapora.
Para
ajudar a
compreender melhor o que estou dizendo é preciso retrocedermos ao Pontificado
antimodernista de São Pio X, que pautou sua vida em combater o modernismo,
heresia que, segundo ele, continha em si todas as heresias.
Após
São Pio X começou um afrouxamento no combate ao modernismo, que depois deu
lugar à ascensão paulatina de uma doutrina que é o próprio modernismo revestido
de hipócritas aparências, e que chamamos de progressismo.
Ao
mesmo tempo foi gerado um amolecimento sentimental na alma dos católicos que
lhes subtraiu a combatividade e inoculou um espírito entreguista, concessivo,
meloso que se foi acentuando até o Concílio Vaticano 2º.
Suficientemente
amolecidos os católicos, foi possível lançar as “novidades” do Vaticano 2º., e
depois a crescente desfiguração do espírito e da mentalidade católicas. A
Teologia da Libertação ganhou impulso e a esquerda católica se robusteceu
muito.
Uma
parte do rebanho se escandalizou com o progressismo e o recusou. A estes foi
oferecido, ao invés da espiritualidade tradicional católica o carismatismo
oriundo dos protestantes pentecostais americanos.
Essa
mudança na Igreja escandalizou a muitos católicos de fé fraca, os quais, sem
convicções profundas, preferiram abandoná-la em troca de religiões protestantes.
Nada
foi feito de relevante pelos Pastores para trazer de volta tais ovelhas, porque
a postura ecumênica da esquerda católica ensina que não há gravidade a mudança
de religião. Por isso assistimos desde o Concílio Vaticano II até hoje o
rebanho católico brasileiro diminuir de 97% para pouco mais de 50% sob a
indiferença de grande parte dos Pastores.
Concomitante
a isso, o Clero foi se desfigurando cada vez mais, perdendo sua sacralidade,
respeitabilidade e santidade, e se mostrando cada vez mais amigo dos antigos
lobos dizimadores do rebanho.
Notícias
de escândalos morais dos mais pesados cometidos por um número enorme de
clérigos enchem os jornais de numerosos países do mundo, deixando ainda mais
perplexas as ovelhas.
Com
profunda tristeza, vemos o atual Pontificado impregnado de coisas inusitadas,
de contínuas atitudes francamente perplexitantes, e frequentemente emitindo
declarações contrárias à doutrina tradicional, semeando nas almas uma dúvida
generalizada sobre o que é propriamente a Igreja Católica, quais são seus
princípios verdadeiros e imutáveis, e impondo as perguntas: o que está certo? O
que está errado?
E
é justamente no meio desse caos religioso que é convocado um Sínodo que vai
lançar praticamente uma nova igreja, totalmente adaptada aos índios, mas que
será uma nova face a ser aplicada, conforme anunciam seus responsáveis, para a
Igreja no mundo inteiro. É o anúncio de uma revolução profunda, que destruirá
totalmente a ideia verdadeira da Igreja na maioria dos católicos lançando-os numa
crise de Fé jamais vista.
Caso
esse plano tenha sucesso, os católicos que aderirem a isto mudarão de religião
e o imenso rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo se reduzirá a uma minoria.
Minoria essa que, provavelmente, terá muito que sofrer. Mas será sustentada
pela promessa de Nosso Senhor de que as portas do inferno não prevalecerão
contra a Igreja, e vencerá com Ele no Triunfo do Imaculado Coração de Maria
prometido por Nossa Senhora em Fátima.
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