Neste
artigo abordarei um tema pouco agradável para aqueles que vivem completamente
mergulhados na busca incansável de uma vida prazeirosa, sem horizontes além de
seus egoísmos mesquinhos.
Porém,
o tema é muito bonito para as pessoas que verdadeiramente amam a Deus e percebem
o quanto Ele está sendo continuamente ofendido no mundo de hoje e não se
conformam.
Desde
o pontificado de Bento XV, teve início uma propagação cada vez maior nos meios
católicos de uma vida espiritual pautada quase exclusivamente na misericórdia de
Deus e no amor ao próximo, ao mesmo tempo que se deu um paulatino abandono da
pauta da virtude da Justiça de Deus e do amor a Ele.
Essa
trajetória levou até à antipatia por tudo o que não fosse amor e misericórdia
ao mesmo tempo que fomos imergindo cada vez mais numa desabrida e aterradora
imoralidade. Sim, pois segundo se prega em muitíssimos lugares, Deus perdoa
tudo e a todos, mesmo sem arrependimento e contrição.
Houve
até um Santo que afirmou: “A misericórdia de Deus levou mais gente para o
inferno do que a justiça!” Compreendamos: Se as pessoas pensassem mais na
justiça de Deus e temessem realmente o Seu castigo, não pecariam e se
salvariam. Essa verdade está no Eclesiástico: “Pensa nos teus novíssimos e não
pecarás eternamente” (Ecl. VII 40). Abusando da misericórdia, acreditam que
Deus jamais as punirá por seus pecados e, em consequência, pecam cinicamente, à
vontade. E se condenam.
Isso
posto, chegamos ao centro do nosso tema: Muitos Santos, dezenas deles, vêm
profetizando há décadas que Deus punirá o mundo dos seus pecados. E prevendo
que a quantidade de pecados seria uma avalanche, disseram que o castigo seria
imenso, universal.
Para
me referir a uma das profecias sobre a severíssima punição de Deus, recordo
Nossa Senhora de Fátima: “Se não deixarem de ofender a Deus, ...várias nações
serão aniquiladas...”
Ora,
o pecado está atingindo um tal paroxismo que, há muito tempo, o castigo se
tornou irreversível e, assim como a morte, virá de repente como um ladrão.
Logo,
é próprio ao católico que seja prudente e sábio, se preparando para essa
eventualidade. Como se preparar?
Primeiramente
compenetrando-se que Deus é Deus e tem absolutamente todo o direito de ser
amado e obedecido. Que sua paciência se mostrou infinita ao sofrer a Paixão a
fim de nos remir os pecados e ao criar a Santa Igreja para cuidar da nossa
salvação.
Além
disso, vem advertindo o mundo através de Nossa Senhora de La Salette, de
Fátima, de Akita e de muitos Santos e Santas de forma, que poderíamos dizer,
ininterrupta. Mas, sem resultado.
Em
segundo lugar devemos compreender que somos meras criaturas de Deus, o que nos
obriga a, no maior encantamento da alma, amá-lO sobre todas as coisas, querer
obedece-lO e louvá-lO nesta terra para depois estar eternamente com Ele no Céu.
Em
terceiro lugar, quando ele castigar a humanidade, o que pode ocorrer a qualquer
momento, ninguém sabe! Não devemos nos antipatizar com Ele nem nos revoltar,
mas ama-lO enquanto punindo, pois é adorável em todas as suas manifestações.
Em
quarto lugar, evidentemente fazermos todo o possível para não merecermos
punição servindo-nos da eficacíssima intercessão de Nossa Senhora e do auxílio
dos Anjos e Santos. Ou seja, praticarmos autenticamente a verdadeira religião
católica e nos mantermos em estado de graça constante.
Por
último procurar fazer com que os pecadores façam o mesmo, tanto quanto nos seja
possível, especialmente os mais próximos de nós.
Sobretudo
tenhamos presente sempre que Deus não despreza um coração contrito e humilhado.
Todos
nós temos faltas a pagar, mas se nos humilharmos e pedirmos perdão sinceramente
a Nosso Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, Ele não nos negará.
Logo,
tenhamos confiança e caminhemos com ânimo indomável no serviço de Nossa Senhora,
do resto Ela cuidará.