Suas características favoreciam idealmente os movimentos daquele esporte, mas traziam subprodutos que conquistaram a adesão de muitas pessoas não tenistas: Eram cômodos, leves, flexíveis, facilmente modelados pelos pés dos usuários etc.
Esses aspectos fizeram com que o uso do tênis se espalhasse para outras práticas esportivas e não tardou para ele ganhar um outro plano da vida: o lazer e a informalidade.
Estar de tênis é mais agradável do que de sapatos.
Vivemos num mundo onde a busca do prazer, em todos os seus aspectos, é um dogma. Por isso, a facilitação de todos os aspectos da vida é uma regra que não vacila em aderir a tudo quanto há de mais agradável, macio, gostoso.
É evidente que, por essa tendência, vai sendo corroído um dos valores fundamentais da vida, a dignidade.
Pessoas que usam o tênis para tudo, fazem da sua vida uma espécie de esporte e são convidados a não considera-la com todo grau de seriedade e respeito que ela merece.
Some-se ainda o fato de existirem determinados modelos de tênis que são grotescos. Quando observados com atenção trazem à mente a lembrança das patas de bichos pré-históricos.
Imagine o leitor que vai entrando a moda dos padrinhos de casamento usarem tênis com terno durante o ritual. Evidentemente, uma coisa extravagante, carregada de informalidade, que concorre para diminuir a elevação e a beleza do importante compromisso que está sendo realizado.
O auge da falta de dignidade são padres que celebram missa de tênis. Existem!
Já as situações comuns da vida, uma vez que a vida é uma luta, exigem que a pessoa se respeite e respeito os outros. No fundo, é a necessidade da dignidade para valorizar as pessoas.
Neste sentido, a superioridade do uso do sapato nas relações humanas, é evidente.
Será que o tênis acabará por vencer definitivamente o sapato?
A maneira da pessoa se apresentar é a expressão que ela quer passar de si mesma. Infelizmente vemos a dignidade se extinguir na maneira como as pessoas se apresentam. Na maioria dos casos pelo excesso de informalidade.
Sem dignidade a luta da vida diminui seu valor e a tendência é baixar o nível de todas as relações humanas.
Este é um direito fundamental da pessoa humana, uma vez que somos reflexos de Deus, dignidade infinita. Contudo os defensores dos famigerados direitos humanos não se preocupam com isso.
Realmente é uma guerra sem sangue, mas de graves consequências.