A finalidade da Igreja é a salvação das almas, fazendo para
tal o uso adequado dos sacramentos. Nosso Senhor fundou-a
para santificar as almas e prepará-las para o Céu.
Detentora do poder sobrenatural legado diretamente a Ela
pelo Salvador, são incontáveis ao longo dos séculos as intervenções do clero –
cônscio dos seus deveres – implorando a Deus a cura de epidemias, a suspensão
de catástrofes, a pacificação de guerras etc., promovendo para tanto atos em
que a Fé dos fiéis atraia de Deus a misericórdia, o perdão e a solução dos
problemas. Afinal foi Nosso Senhor quem disse: “Se tiverdes fé como um grão de
mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos
obedecerá” (São Lucas 17,6).
Portanto, nos casos em que o povo é acossado por infortúnios, cumpre ao clero afervorar sua fé e aproximá-lo mais de Deus, promovendo boas confissões, atos de piedade, vigílias, procissões etc. Um povo assim comove a Deus e atrai a Sua misericórdia. Ora, inexplicavelmente, não é o que está acontecendo.
Vem se alastrando pelo interior do Estado de São Paulo -
pelo menos -, a instrução de alguns bispos que impede aos sacerdotes darem a
Sagrada Comunhão na boca dos fiéis, pelo risco de contágio do vírus H1N1.
Imaginar que a Sagrada Eucaristia, que é Cristo REALMENTE
PRESENTE, possa ser veículo de um vírus contagioso é no mínimo falta de Fé
neste sacramento.
Se o clero pregasse com zelo que o vírus se propaga muito
mais através das incontáveis ocasiões em que as relações imorais, e portanto
pecaminosas, acontecem - e em número incalculável; e se apontasse que as relações
pecaminosas estimuladas pelos programas das televisões, pelas modas indecentes,
pela promiscuidade dos mais variados ambientes, constituem uma forte causa de
contagio para os católicos, como o clero acertaria mais no objetivo de evitar o
contágio.
Sobretudo se ensinasse a verdadeira doutrina católica que afirma ser
o pecado muito mais grave que uma doença física o qual, uma vez evitado, traria
como consequência a saúde física. Mas, por incrível que pareça, em não poucas
igrejas não se ensinam mais as verdades da sã doutrina.
Outro exemplo de estarrecer foi, há não muito tempo atrás, a
norma dada por um bispo induzindo o seu clero a substituir na consagração das
missas o vinho por suco de uva. Motivo? Pasmem os católicos que têm fé: para os
padres não sofrerem as consequências da lei seca, caso caíssem em alguma blitz
após celebrarem. Ora, é sabido que com suco de uva não há a transubstanciação,
portanto, não há Eucaristia. Mais uma vez, com a maior naturalidade, se aprovou
um afastamento não pequeno em relação a Deus.
Felizmente há no clero verdadeiros heróis que têm coragem de
pregar a moral de sempre e com isso evitam consideravelmente os contágios em
suas paróquias. Sabem eles que o melhor remédio contra o H1N1 é a prática da
virtude da pureza. Sobretudo são sacerdotes que inculcam a Fé Católica
autenticamente. Felizes suas ovelhas, pois são livres de contágios de doenças
físicas e espirituais!
Em contrapartida há um número não pequeno de clérigos que
agem como se não tivessem Fé, em prejuízo de uma multidão incontável de ovelhas
sob sua responsabilidade.
“A quem muito foi dado, muito será pedido” (Lc 12,48).
O que acontecerá quando Nosso Senhor, no juízo particular e
no final, cobrar aos pastores onde estão as almas remidas pelo Seu
Preciosíssimo Sangue?