O tema deste artigo é um importante livro lançado na semana
passada, em Roma, pelo Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, de autoria de um
veterano discípulo de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira e escolado ativista da
Contra-Revolução, José Antonio Ureta, um dedicadíssimo estudioso dos
acontecimentos e de aspectos doutrinários que envolvem a Igreja em nossos dias.
É um livro precioso porque vem dirimir
questões muito dolorosas para a consciência de incontáveis católicos fieis à
imutável e infalível tradição da Igreja.
As modificações que estão sendo efetuadas
pelo Papa Francisco estão deixando perplexos um número cada dia mais crescente
de católicos. Em Roma, o público que tradicionalmente aflui à Praça de São
Pedro para a bençãos papal vem diminuindo a olhos vistos. Veja bem: é em Roma
que isto está ocorrendo.
Os temas que mais têm despertado polêmica
são vários: comunhão aos "recasados" (ou seja, aos que vivem em união
ilícita, praticando o concubinato e o adultério); comunhão a pessoas de outra
religião; condescendência cúmplice em relação ao pecado de homossexualidade; recebimento
cordialíssimo a pessoas inimigas da família e defensores do aborto e até da
eutanásia; acolhida calorosa a subversivos dos chamados "movimentos
sociais". Isto sem falar do estímulo suicida à migração de refugiados
muçulmanos, destrutiva do que resta de civilização cristã na Europa, e além do
mais trazendo em seu bojo terroristas fanáticos e assassinos.
Mais recentemente, a declaração escandalosa
de "legitimação" da ilegítima e cismática religião Ortodoxa russa, e
a concomitante censura aos católicos ucranianos que não querem aceitar os
"popes" dessa falsa religião da Rússia.
Para terminar, o apoio escancarado ao
movimento mundial que caminha para o estabelecimento da ditadura ecologista, e
a pretexto desta, de supressão do princípio básico da propriedade privada, um
dos alicerces de uma ordem social católica.
Ora, há duas atitudes “fáceis” (erradas) que
os católicos são levados a tomar em face dessas modificações todas, que o Papa
Francisco vem promovendo na conduta da Igreja Católica:
1ª Atitude errada: "Francisco
é Papa, logo ele é infalível em tudo o que faz, até em suas opiniões políticas.
Por isso eu o seguirei em tudo o que ele fizer. Prefiro errar com o Papa do que
acertar sem ele".
2ª Atitude errada: "Francisco
erra tanto que já não é mais Papa. A Sede de Pedro está vazia, está vacante".
Pois bem, o livro de José Antonio Ureta não cai em nenhum
desses dois desequilíbrios, e aponta para a verdadeira conduta que deve ter um
católico nessa emergência trágica. O título já diz tudo: "Mudança de Paradigma do
Papa Francisco: continuidade ou ruptura na missão da Igreja? Balanço quinquenal
de seu pontificado".
O autor entra a fundo na análise do problema de
consciência e indica a posição equilibrada, virtuosa, que os católicos devem
tomar para não entrarem em choque com a posição de fidelidade à Igreja
Católica, a única Igreja verdadeira, do único Deus verdadeiro, mas ao mesmo
tempo não aderir aos desvios de conduta e de doutrina a que são implicitamente
empurrados.
O livro pode ser
baixado diretamente do site do IPCO, no seguinte link: https://ipco.org.br/a-mudanca-de-paradigma-do-papa-francisco-continuidade-ou-ruptura-na-missao-da-igreja/#.Wzt0MNJKiUk
Porém, permito-me sugerir-lhe que, antes de o ler o
livro, assista à pequena entrevista em português, dada pelo Sr. José Antonio em
Roma, no dia do lançamento: https://ipco.org.br/videos-ipco/#.WztzM9JKiUk
Se dispuser de tempo, indico ainda o vídeo da própria
conferência do autor no mesmo evento em Roma. Ela está legendada em português.
Caso a legenda não apareça, basta ir ao canto inferior direito do quadro do
filme e acessar o ícone de configuração e clicar em idioma português: https://ipco.org.br/videos-ipco/#.WztzotJKiUk
É
lamentável que as coisas tenham chegado até esse ponto, mas constitui um alento
dentro da luta para os autênticos filhos e filhas da Santa Igreja uma obra que
esclarece de tal maneira as coisas e coloca tudo nos seus devidos termos.
Que Nossa Senhora intervenha o quanto antes para fazer
cessar tudo quanto não está inteiramente de acordo com o Seu Divino Filho e com
o Seu Imaculado Coração.
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