Com a graça de Nossa Senhora chegamos firmes na luta ao fim de mais um
ano.
Enquanto Nossa Senhora de
Fátima não determinar o fim de tantas coisas ruins, nossa cruz é caminhar
santamente dentro desse caos religioso e temporal que nos atinge.
Tanto o ambiente religioso
como o temporal são nossas arenas psicológicas e morais. E, tal como no velho
Coliseu podíamos encontrar os ídolos pagãos de então, hoje encontramos os
mesmos ídolos com aparência nova que dominam nosso século, aguardando que cada
um de nós esmoreça e traia a Causa de Deus. Basta lançar um punhado de incenso
nos pés dos ídolos modernos que estaremos livres das perseguições do mundo: idolatria
pelo dinheiro e a saúde, pelo amor livre e as maiores aberrações sexuais, pelo
prestigio e o poder, pelo ateísmo e pelo panteísmo ou a gnose, garantirão nossa
ótima colocação no panorama moderno da vida.
Até o novo governo pode nos
dar a impressão de que tudo entrará nos eixos. Oxalá! Esperamos! Mas não podemos
esquecer que só unidos a Deus os homens vencerão os seus males. Sem ele nada de
verdadeiro, bom e belo é possível.
Nesse clima chegamos ao mês
de dezembro, em que se comemora o Santo Natal do Salvador.
O panorama que traçamos acima
é plúmbeo e assustador, mas a nossa missão neste mundo tão contrário a Deus é
mais bela do que é feio o panorama dos acontecimentos.
Se nos mantivermos fiéis,
inabaláveis, nossa luz brilhará para o mundo tenebroso como brilham os faróis
do mar de Iroise – mar da região da Bretanha, na França, que tem a fama de ser
um dos mais perigosos da Europa – levando muitos a não soçobrarem nesse mar
tempestuoso de pecados gravíssimos.
É belíssima a vocação de ser
um farol nos mares de Iroise durante a noite tempestuosa dos acontecimentos
atuais.
Digo isto com a intenção de
sugerir ao leitor ou leitora, neste Natal, uma meditação diante do Menino Jesus
no presépio.
Aquele Menino tão frágil, tão
pequenino, tão indefeso que vemos na manjedoura, esquecido e abandonado por
tantas e tantas almas, não é outro senão o Deus criador de todo o Universo,
redentor de todos os homens, o mais amoroso, o maior amigo de todos os homens,
mas também o juiz de um poder infinito que julgará a todos nós, dando o prêmio
aos que são dEle e a eterna punição aos que são contra Ele.
Façamos tudo o que pudermos
para que Ele não seja esquecido, ignorado, abandonado pelos homens ingratos.
Cumulemo-lo com nosso amor mais profundo e ardente e repudiemos com força total
tudo o que se opõe a Ele e aos Seus infinitos desígnios.
Para que consigamos realizar
essa atitude com perfeição, como sempre apregoou o inesquecível Dr. Plinio
Corrêa de Oliveira, recorramos à intercessão de Nossa Senhora, Sua Mãe
incomparável, inesgotável, e também nossa Mãe, A quem Ele não recusa nenhum
pedido.
Que o Menino Jesus, Nossa
Senhora e São José lhe proporcionem, amigo de Deus, amiga de Deus, o mais Santo
dos Natais, com o privilégio de desagravar de modo muito especial os Sagrados Corações
de Jesus e de Maria pelos pecados que são cometidos contra eles pela humanidade
hoje tão desviada!
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