Entramos
no ano de 2019. E, tal como um navio lançado ao mar pela primeira vez, todas as
esperanças são de que viagens exitosas aconteçam.
O Presidente Bolsonaro afinal tomou posse. Todo
o cerimonial parece ter sido calculado para restaurar nos brasileiros a
esperança de que o Brasil de sempre está de volta, deixando para trás a
atmosfera de desordem e de caos da era comuno-petista e socialo-PSDBista.
E o novo presidente propôs proteger as
nossas tradições e a família, bem como a propriedade privada e a livre
iniciativa. O que significará estimular as forças empreendedoras do País.
Este
anúncio tem causado profundo desagrado nos arraiais da esquerda, sobretudo naquele
setor do Clero e do laicato alinhados com a Teologia da Libertação, todo ele
petista roxo.
Para esse tipo de gente, um governo que
estimule a propriedade privada e a livre iniciativa gera riquezas, as quais
produzem o que para eles é o supremo mal: a desigualdade. Eles preferem o achatamento
de todos na miséria, do que permitir que os ricos se diferenciem dos pobres.
Daí chamarem isto de "opção preferencial pelos pobres", quando na
verdade deveriam dizer "opção preferencial pela luta de classes".
Afinal, quem são os verdadeiros amigos dos
pobres? São os que querem criar condições para que eles trabalhem e também se
enriqueçam, ou os que querem vê-los perpetuamente achatados na miséria para que
não haja desigualdade?
Por que não aproveitar a força dos que
sabem fazer fortuna a favor dos pobres, dando a estes as condições de
trabalharem e assim também se enriquecerem? Dessa forma, dentro de uma benéfica
e harmoniosa desigualdade, o pobre deixaria de ser pobre e poderia elevar-se a uma
condição de vida melhor. Mas isso não é tolerado pelos adeptos da Teologia da
Libertação.
Que mal há numa situação de harmônica
desigualdade, e num enriquecimento justo, honesto e digno? Foi para proteger
esse direito que Deus criou dois Mandamentos – "Não roubar" e "Não
desejar as coisas alheias" –, ensinamentos estes sistematicamente omitidos
nas homilias progressistas.
“Pobres sempre tereis entre vós”, disse
Nosso Senhor. São Tomás de Aquino nos ensina que é dever do homem praticar a
caridade, e para isto é preciso que uns tenham bens e outros a carência de
bens. Isso torna realizável a prática da caridade. Se Deus permite pobres no
mundo, também suscita os ricos que os ajudem, fomentando assim o amor cristão.
Aliás, o Evangelho não relata uma conduta igualitária
sequer de Nosso Senhor. Não há um caso em que Ele tenha tirado um pobre da
pobreza, nem tenha rebaixado um rico da sua condição de riqueza. Ele curou, deu
esmolas, mas não modificou o "status" econômico ou social de ninguém.
Nem pregou a luta de classes.
Tomemos por exemplo a parábola dos talentos.
Um senhor (já aqui aparece a relação desigual entre servo e senhor) deu 5
talentos para um servo, 2 para outro e 1 para um terceiro, para que os fizessem
render, dizendo que iria se ausentar.
Por que razão Nosso Senhor não figurou um
senhor que distribuísse por igual, a cada um dos três servos, a mesma
quantidade de talentos? Por que essa desigualdade?
Certamente porque o senhor deu a cada um
segundo sua capacidade de aproveitar esses talentos. E censurou o servo mau que
enterrou as moedas e não as fez render.
Nessa parábola, Nosso Senhor quis indicar
que ele quer e respeita a livre iniciativa e o direito de propriedade. E é da
ordem natural das coisas que o respeito a esses dois princípios fazem crescer
uma nação. Pois, quando os mais capazes alçam os menos capazes, todos gozam os
frutos do trabalho bem ordenado e planejado, sem odiarem os que têm mais, mas
admirando-os pela superior capacidade que Deus deu a uns e não a outros.
Como bem comenta Dr. Plinio Corrêa de
Oliveira, no regime igualitário ninguém tolera que um tenha mais do que outro,
o que se chama propriamente o pecado capital da inveja. Isso vem em grande
parte da mediocridade de não amar a superioridade do seu irmão e odiá-lo pelo
fato de ser superior a si.
Portanto, a ideologia comunista e
socialista, próprias ao petismo e à Teologia da Libertação, é o regime da
inveja e não da humildade, por mais que seus defensores encenem caras humildes.
Eles não têm pena, por exemplo, dos miseráveis de Cuba nem da Venezuela, nem de
outros países semelhantes. Desejam a sua pobreza e combatem no mesmo sentido
nos outros países.
O verdadeiro espirito do Evangelho é aquele
que cria a harmonia entre as classes, promovendo o amor entre elas. E não o da
Teologia da Libertação, que fomenta o ódio entre ricos e pobres, na sanha de
acabar com os primeiros sem resolver o problema dos segundos.
Afinal quem ama realmente os pobres?
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