quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Combater ou se acovardar ante os terroristas? São Bernardo com a palavra

Os Direitos Humanos não valem para mártires, nem para cristãos perseguidos, mas sim para agitadores, bandidos, comunistas e assemelhados. Seus propugnadores, com seus berreiros e ameaças estão inteiramente ausentes diante dos massacres do Iraque, Síria etc.
As fotos abaixo descrevem palidamente o drama terrificante de cristãos cujo único crime é seguirem a Jesus Cristo.







Mas existe ainda outro tipo de omissão muito mais grave por parte do Ocidente cristão. Tornou-se indispensável a exaltação da virtude da fortaleza e da combatividade para conter essa imensa injustiça. É preciso um basta à ideia mentirosa de que o sorriso e o abraço conseguem por si só amansar os que odeiam a Jesus Cristo. A prova está no uso do chicote - aliás confeccionado por Nosso Senhor pessoalmente - que Ele fez para expulsar os vendilhões de Templo. É preciso voltarmos a admirar a virtude da combatividade e detestarmos a omissão, a indiferença e a covardia.
Exemplo magnífico de como essa questão deve ser compreendida pelos católicos é expressa pelo grande Doutor da Igreja São Bernardo de Claraval sobre os Templários:

“Quanto aos cavaleiros de Cristo, ao contrário, eles combatem tranquilamente por seu Senhor, sem temer estar pecando ao matar seus adversários, nem perecer, se eles mesmos forem mortos. Quer a morte seja sofrida, quer ela seja dada, ela é sempre uma morte por Cristo: ela não tem nada de criminosa, ela é gloriosíssima. Num caso, é para servir a Cristo; no outro, ela permite que se ganhe o próprio Cristo: este permite, com efeito, que, para vingá-lo, mate-se um inimigo, e ele se oferece a si mesmo, ainda mais de bom grado, ao cavaleiro, para consolá-lo. Assim, dizia, o cavaleiro de Cristo oferece a morte sem nada temer; todavia ele morre com mais segurança ainda: é ele quem se beneficia de sua própria morte, o Cristo da morte que ele dá. 

Pois não é sem razão que ele porta a espada: ele é o executor da vontade divina, quer seja para castigar os malfeitores ou para glorificar os bons. Quando ele mata um malfeitor, ele não é um homicida, mas, se ouso dizer, um malicida. Ele vinga o Cristo daqueles que cometem o mal; ele defende os cristãos. Se ele em si é morto, ele não perece: ele alcança seu fim. A morte que ele inflige é em proveito de Cristo; aquela que ele recebe, ao seu próprio. Da morte do pagão, o cristão pode tirar a glória, visto que ele age para a glória de Cristo; na morte do cristão, a generosidade do Rei se dá curso livre: ele convoca o cavaleiro junto de si para recompensá-lo. No primeiro caso, o justo se rejubilará vendo o castigo; no segundo, ele dirá: “Visto que o justo colhe o fruto de sua justiça, há sem dúvida um Deus que julga os homens sobre a terra”. 

Portanto, não convém matar os pagãos se se pode encontrar um outro meio de impedi-los de molestar e oprimir os fiéis. Todavia, por enquanto, mais vale que os pagãos sejam mortos, do que deixar a ameaça que representam os pecadores suspensos sobre a cabeça dos justos, a fim de evitar ver os justos se deixarem levar a cometer a iniquidade…” São Bernardo, De laude novae militiae, citado por Jean Richard, em L’Esprit de croisade, Paris, 1969.


Graves acusações serão lançadas contra os omissos dessa virtude no dia do Juízo tanto particular quanto final, uma vez que se apresenta muito evidente a constatação de que os inimigos de Jesus Cristo estão se prevalecendo escandalosamente dessa vergonhosa covardia. Mesmo nós, desse distante Brasil, adoradores do sossego e da inércia, não estamos isentos de agressões semelhantes. É uma questão de tempo. Não nos esqueçamos que os carneiros são o prato preferido dos lobos. É evidente que toda atitude nesse sentido deve ser segundo a lei de Deus e dos homens. 
Já vejo algum adorador da pseudo paz me invectivar: Você dizendo isso está pregando a violência! 
Eu respondo: Não, estou pregando a virtude da Justiça. Você que está pregando a entrega vil e covarde de incontáveis vidas aos inimigos da verdadeira paz.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Cavalos na igreja, "chimpanzé" e os Judas


Somando-se à inundação de absurdos que temos presenciado dentro de nossa Única Santa e Católica Igreja, aconteceu mais um neste mês, na catedral de São João Batista, em Lyon, na França.
Uma apresentação circense envolvendo cavalos desenvolveu-se no presbitério da igreja, com uma acróbata exibindo seu número “chimpanzesco”, sob o olhar patético de uma assembleia que já não consegue analisar um palmo da realidade.
O desrespeito pelo templo e mais ainda, pela presença de Deus é de molde a indignar qualquer católico com senso de honra, que não participe do espírito hipócrita, que ri complacente a propósito de qualquer abominação, como se nada mais fosse inconveniente ou reprovável.  
Para tais pessoas, só merece reprovação o que se opõe à onda demolidora que, aliás vai crescendo dia a adia.
Dentro desse caos anticatólico, o que mais indigna é a cumplicidade evidente de certo clero, que já perdeu a fé, mas que continua desde seu cargo a trair Cristo Nosso Senhor perdendo as almas e demolindo a Igreja.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Por fidelidade à Fé e ao Papado, Resistimos

O explícito apoio e estímulo dado no Vaticano pelo Papa Francisco ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST - Via Campesina), cujos membros são conhecidamente comunistas, invasores de terras, violentos destruidores de bens alheios legítimos, que há décadas vêm tentando realizar sem sucesso uma Reforma Agrária baseada em princípios opostos à doutrina católica, principalmente no que tange à propriedade privada, causou-me, e a muitos, uma imensa perplexidade!
Sempre fui anticomunista em razão de minhas convicções católicas. É porque católico, é em nome dos princípios católicos, que sou anticomunista. Aliás, muitos católicos são como eu.
Diante do apoio claro dado por Francisco ao ultra esquerdista Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, nós, católicos anticomunistas, ficamos num dilema: como explicar nossa posição enquanto católicos?  Nossa atuação fica sujeita a uma objeção supremamente embaraçosa: a ação anticomunista que efetuamos não conduz a um resultado precisamente oposto ao desejado pelo Vigário de Jesus Cristo?
Resta-nos, enquanto católicos anticomunistas, cessar nossa atuação ou dar uma explicação:
Inspiro-me no profético manifesto de Plinio Corrêa de Oliveira, escrito em 1974, diante da catastrófica política de Paulo VI de distensão com os governos comunistas.
“Cessar a luta, não o podemos. E é por imperativo de nossa consciência de católicos que não o podemos. Pois se é dever de todo católico promover o bem e combater o mal, nossa consciência nos impõe que defendamos a doutrina tradicional da Igreja, e combatamos a doutrina comunista.
“O mundo contemporâneo ressoa por toda parte com as palavras "liberdade de consciência". São elas pronunciadas em todo o Ocidente, e até nas masmorras da China... ou de Cuba. Muitas vezes essa expressão, de tão usada, toma até significados abusivos. Mas no que ela tem de mais legítimo e sagrado se inscreve o direito do católico, de agir na vida religiosa, como na vida cívica, segundo os ditames de sua consciência.’
“Sentir-nos-íamos mais agrilhoados na Igreja do que o era Soljenitsin na Rússia soviética, se não pudéssemos agir em consonância com os documentos dos grandes Pontífices que ilustraram a Cristandade com sua doutrina.’
“A Igreja não é, a Igreja nunca foi, a Igreja jamais será tal cárcere para as consciências. O vínculo da obediência ao Sucessor de Pedro, que jamais romperemos, que amamos com o mais profundo de nossa alma, ao qual tributamos o melhor de nosso amor, esse vínculo nós o osculamos no momento mesmo em que, triturados pela dor, afirmamos a nossa posição.’
“Neste ato filial, dizemos ao Pastor dos Pastores: Nossa alma é Vossa, nossa vida é Vossa. Mandai-nos o que quiserdes. Só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe.’
“Sim, Santo Padre – continuamos – São Pedro nos ensina que é necessário "obedecer a Deus antes que aos homens" (At. V, 29). Sois assistido pelo Espírito Santo e até confortado – nas condições definidas pelo Vaticano I – pelo privilégio da infalibilidade. O que não impede que em certas matérias ou circunstâncias a fraqueza a que estão sujeitos todos os homens possa influenciar e até determinar Vossa atuação. Uma dessas é – talvez por excelência – a diplomacia. E aqui se situa a Vossa política de distensão com os governos [e líderes] comunistas.
“Aí o que fazer? As laudas da presente declaração seriam insuficientes para conter o elenco de todos os Padres da Igreja, Doutores, moralistas e canonistas – muitos deles elevados à honra dos altares – que afirmam a legitimidade da resistência. Uma resistência que não é separação, não é revolta, não é acrimônia, não é irreverência. Pelo contrário, é fidelidade, é união, é amor, é submissão.

"'Resistência' é a palavra que escolhemos de propósito, pois ela é empregada nos Atos dos Apóstolos pelo próprio Espírito Santo, para caracterizar a atitude de São Paulo. Tendo o primeiro Papa, São Pedro, tomado medidas disciplinares referentes à permanência no culto católico de práticas remanescentes da antiga Sinagoga, São Paulo viu nisto um grave fator de confusão doutrinária e de prejuízo para os fiéis. Levantou-se então e 'resistiu em face' a São Pedro (Gal. II, 11). Este não viu, no lance fogoso e inesperado do Apóstolo das Gentes, um ato de rebeldia, mas de união e amor fraterno. E, sabendo bem no que era infalível e no que não era, cedeu ante os argumentos de São Paulo. Os Santos são modelos dos católicos. No sentido em que São Paulo resistiu, nosso estado é de resistência.
“E nisto encontra paz nossa consciência.
“Resistir significa que aconselharemos os católicos a que continuem a lutar contra a doutrina comunista com todos os recursos lícitos, em defesa da Pátria e da Civilização Cristã ameaçadas.
“Resistir significa que jamais empregaremos os recursos indignos da contestação, e menos ainda tomaremos atitudes, que em qualquer ponto discrepem da veneração e da obediência que se deve ao Sumo Pontífice, nos termos do Direito Canônico.”
Isso posto, recordamos aqui que Nossa Senhora nos advertiu em Fátima explicitamente contra os erros da Rússia, ou seja, do comunismo. Portanto, favorecer, estimular, encorajar, apoiar de qualquer maneira o comunismo é desobedecer frontalmente a Nossa Senhora.
Lembramos ainda a imensa quantidade de documentos pontifícios condenando o comunismo, peças do Magistério da Igreja inspiradas na coerência doutrinária bimilenar da Igreja, assistida pelo Espírito Santo, que poder algum pode ignorar ou invalidar.
Nossa atitude de Resistência é a expressão sincera e firme de nossa fidelidade inabalável a Deus, à Sua Santa Igreja e ao Vigário de Cristo na terra, abarcando todos os temas que se inserem nas circunstâncias descritas acima.
Conscientes da imensa crise que atinge a humanidade, especialmente nossa Santa Igreja, continuaremos nossa luta pacífica e legal, tendo sempre presente no espírito que, quaisquer que sejam as perplexidades que nos envolvam, manteremos nossa fé indefectível na promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo de que as portas de inferno não prevalecerão contra a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, Sua única Igreja verdadeira.