terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Natal antigo, de sonho; e Natal do futuro, miserabilista

Poucos dias antes do Natal apareceram em pontos da cidade de São Paulo, às vezes próximas de enfeites verdadeiramente esplendorosos, arvores de Natal de lixo!
Pasmem! Verdadeiros totens de lixo que servem apenas para irradiar a mensagem: “Preparem-se para um futuro cada vez mais socialista, ateu e desprovido de qualquer maravilhoso. As expressões do belo darão lugar a expressões de pobreza sem graça, sem valor e sem nada de esplendoroso.”
É o rumo que vai sendo impingido a todos nós.
Se chegaremos até lá é outra coisa, pois temos um Deus que vela por nós e no momento exato saberá mostrar que existe e sabe fazer sentir o Seu poder.
Talvez uma pequena manifestação da imortalidade do maravilhoso seja a nostalgia que de vez em quando aparece.
Assim, em meio a um emaranhado de notícias entristecedoras e de incontáveis manifestações ofensivas ao verdadeiro espírito de Natal, um artigo merece atenção especial.
O Sr. Rubem Alves publicou na Folha de São Paulo, dia 23, uma bem narrada nostalgia do tempo em que havia restos consistentes de felicidade e alegria.
Nostalgia que para os que têm esperança em Fátima, reboa como prenuncio de um futuro muito diferente daquele com o qual sonham os miserabilistas progressistas e socialo-comunistas.


O presépio
A contemplação de uma criancinha amansa o universo. O Natal anuncia que o universo é o berço de uma criança
MENINO, LÁ EM MINAS , eu tinha inveja dos católicos. Eu era protestante sem saber o que fosse isso. Sabia que, pelo Natal, a gente armava árvores com flocos de algodão imitando neve que não sabíamos o que fosse. Já os católicos faziam presépios.Os pinheiros eram bonitos, mas não me comoviam como o presépio: uma estrela no céu, uma cabaninha na terra coberta de sapé, Maria, José, os pastores, ovelhas, vacas, burros, misturados com reis e anjos numa mansa tranqüilidade, os campos iluminados com a glória de Deus, milhares de vaga-lumes acendendo e apagando suas luzes, tudo por causa de uma criancinha. A contemplação de uma criancinha amansa o universo. O Natal anuncia que o universo é o berço de uma criança.Até os católicos mais humildes faziam um presépio. As despidas salas de visita se transformavam em lugares sagrados. As casas ficavam abertas para quem quisesse se juntar aos reis, pastores e bichos. E nós, meninos, pés descalços, peregrinávamos de casa em casa, para ver a mesma cena repetida e beijar a fita.Nós fazíamos os nossos próprios presépios. Os preparativos começavam bem antes do Natal. Enchíamos latas vazias de goiabada com areia, e nelas semeávamos alpiste ou arroz. Logo os brotos verdes começavam a aparecer. O cenário do nascimento do Menino Jesus tinha de ser verdejante.Sobre os brotos verdes espalhávamos bichinhos de celulóide. Naquele tempo ainda não havia plástico. Tigres, leões, bois, vacas, macacos, elefantes, girafas. Sem saber, estávamos representando o sonho do profeta que anunciava o dia em que os leões haveriam de comer capim junto com os bois e as crianças haveriam de brincar com as serpentes venenosas. A estrebaria, nós mesmos a fazíamos com bambus. E as figuras que faltavam, nós as completávamos artesanalmente com bonequinhos de argila.Tinha também de haver um laguinho onde nadavam patos e cisnes, que se fazia com um pedaço de espelho quebrado. Não importava que os patos fossem maiores que os elefantes. No mundo mágico tudo é possível. Era uma cena "naif". Um presépio verdadeiro tem de ser infantil.E as figuras mais desproporcionais nessa cena tranqüila éramos nós mesmos. Porque, se construímos o presépio, era porque nós mesmos gostaríamos de estar dentro da cena. (Não é possível estar dentro da árvore!).Éramos adoradores do Menino, juntamente com os bichos, as estrelas, os reis e os pastores.Será que essa estória aconteceu de verdade? Foi daquele jeito descrito pelas escrituras sagradas? As crianças sabem que isso é irrelevante. Elas ouvem a estória e a estória acontece de novo. Não querem explicações. Não querem interpretações. A beleza da estória lhes basta. O belo é verdadeiro. Os teólogos que fiquem longe do presépio. Suas interpretações complicam o mundo.O presépio nos faz querer "voltar para lá, para esse lugar onde as coisas são sempre assim, banhadas por uma luz antiqüíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer. Nós também somos de lá. Estamos encantados. Adivinhamos que somos de um outro mundo." (Octávio Paz )Seria tão bom se os pais contassem essa estória para os seus filhos!

Presépio das Casas Pernambucanas na Rua da Consolação.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Os Natais que não existem mais...; mas que voltarão...






“Os senhores não pegaram esse traço que havia nos antigos natais que eu peguei, no tempo em que o Natal tinha uma sacralidade que os senhores não podem ter idéia!
“No meu tempo, nos dois ou três dias que precediam o Natal, já um certo aroma da atmosfera natalina começava a envolver a cidade.




“No centro velho da cidade, havia casas que vendiam brinquedos. Tinham na vitrine um presépio, e um gramofone que tocava músicas: eram as músicas de Natal...







“Quando chegava a noite de Natal, as famílias todas começavam a ir em grupo para a igreja, devagarzinho, na noite.... na paz, naquele andar, assim, devagar...
“Batem os sinos! Dentro da igreja começam a cantar os cânticos de Natal. É a missa que começa. Tinha-se a sensação de uma graça que vinha de uma altura, mas de uma altura!..









“Era uma graça que enchia as pessoas de disposições de espírito, que parecem incompatíveis, mas que convivem maravilhosamente:
“A noção recolhida, humilde e enlevada do sublime; e de outro lado, a doçura de quem recebe uma misericórdia sem limites.

“Era uma coisa que é preciso ter visto. Os natais, depois, não tiveram mais isso. Talvez de nada na minha infância eu tenha tanta saudades quanto desse aroma, dessa graça de Natal.” (Plinio Corrêa de Oliveira 5/1/1989)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

“O sol, sem o qual as coisas não são senão o que elas são”

Nunca ouvi dizer que alguém não gostasse dos pores de sol. Evidentemente me refiro aqueles crepúsculos que são verdadeiros espetáculos proporcionados no imenso palco do panorama por um único autor, o sol.
Chama a atenção o fato de que, independente dos homens se deterem para admirar o astro rei, promove ele suas sublimes pirotecnias esplendidamente adaptadas ao panorama e ao céu que lhe servem de moldura nos mais variados lugares do mundo.
Contudo, temos que reconhecer, existe uma grande indiferença para com o sol por parte da maioria das pessoas. O sol é tratado com a maior indiferença, e, no entanto, sem a sua luz a vida seria impossível, inclusive a humana.
Mas o comum dos homens pouco pensa nisso. Especialmente certa gama de cientistas, de ecologistas etc., para os quais só interessa o buraco da camada de ozônio, o aquecimento global (que meio desmentido pela realidade, foi substituído jeitosamente pela mudança climática. Depende do momento). São personagens quase sempre alheios à Fé Católica, determinados a impingir uma espécie de Fé ecológica aos pobres párias desentendidos. Voltemos ao nosso tema.
De onde vem essa obstinação de negar ao sol o reconhecimento, a admiração, o entusiasmo que o seu alto nível de beleza merece?
Se nos detivéssemos um pouco para saborear a frase que um francês - com um certo tipo de gume que eles têm mais do que ninguém - proferiu sobre o sol, após considerar admirativamente o efeito da sua luz sobre as coisas da Terra.
“O sol, sem o qual as coisas não são senão o que elas são...” Que bela explicitação! Frase aliás, que Dr. Plinio citou em incontáveis ocasiões.



Sem entrar em comparação com o filho daquela nação que é chamada a Filha Primogênita da Igreja, ousemos fazer também uma consideração com o intuito de proporcionar algum regalo para o espírito dos leitores.
Quis Deus Nosso Senhor que o dia dos homens acabasse não raramente com belos pores de sol. O crepúsculo é o fim do dia, o “coucher du soleil”, o deitar do sol; e exerce um misterioso atrativo para os que sabem elevar o espírito e contemplar, no fundo para os que sabem viver.
Sim, porque ao término do dia o sol aparece em sua glória e como que no fim de um longo caminho; caminho que, por sua vez termina na noite.
E lembra ao homem que sua vida nesta terra terminará numa noite. Que na ponta da sua trajetória existe um SER que o aguarda com a promessa de uma glória incalculável, para além a noite. Bem entendido se ele, criatura redimida, souber aproveitar a vida para preparar esse encontro supremo, com o “Supremo Sol” que o criou, o redimiu, o amou infinitamente.
Invoco aqui a frase de Santo Agostinho da qual não me recordo com toda precisão:
“Deus é amigo dos homens e quer sua salvação. Cumpre aos homens tornarem-se amigos de Deus”.


Ao contemplar estes pores de sol, é a frase que nos brota do coração.
Sejamos realmente amigos de Deus.
O resto é ilusão e aflição de espírito.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O futuro depende das mães, verdadeiramente mães

Em 2030 seremos um país de velhos, foi a notícia alarmante divulgada pela mídia recentemente. Grande preocupação, nossas crianças estão diminuindo. O índice de fertilidade da mulher brasileira chegou a 1,7 filhos por mulher no sul e sudeste do Brasil. No futuro os idosos terão que trabalhar mais, a previdência não suportará manter tanta gente, pouquíssimos jovens trabalharão. E além disso, o número de brasileiros já estará com uma forte tendência à redução.
O tema poderia ser abordado sob vários ângulos, todos eles importantes e nada desprezíveis.
Atenho-me em considerar que o esquema de vida moderno transformou enormemente a visão e a vida as mulheres.




O progresso técnico e desenvolvimentista criou a idéia de que a mulher emancipada deve fazer exatamente o que o homem faz. Trabalhar como o homem, tanto nas funções de força como de inteligência, e relegar para um segundo plano aquilo que sempre foi próprio às mulheres.
A mídia, a moda e a pressão modernista fez triunfar o divórcio, considerado uma liberação para os casamentos que não davam certo. Sob este risco, a mulher precisou sair à rua e trabalhar.


O importante passou a ser a boa colocação no mundo do trabalho e, secundariamente, a vida familiar.
Educar filhos ficou mais difícil e, para muitas, se transformou num grande abacaxi, pois enquanto segunda jornada a vida da família se tornou uma necessidade pesada e secundária. Daí, quanto menos filhos melhor.
Um outro tipo de mulher foi imposto como ideal feminino: A mulher masculinizada, executiva e sensual. Secundariamente a esposa fiel e mãe com vários filhos.
Hoje o tiro sai pela culatra.


A realidade mostra que as mulheres realmente tiveram prejuízo. Da mesma forma o Brasil e o mundo.
É evidente que no esquema atual o trabalho feminino virou para muitas uma necessidade. Não critico as mulheres que precisam trabalhar. Mas não vejo como não desejar que essa situação se modifique. Caso contrário o futuro será catastrófico.
Dizia o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira que nada a mulher pode fazer de mais elevado do que um filho. Dar à luz, introduzir o filho no seio da Santa Igreja Católica através do batismo, esculpir-lhe pacientemente a personalidade e educá-lo até o momento em que, já crescido, entra na vida da Nação com o seu contributo único, religiosa e moralmente íntegro, e com ideal de fazer o bem.


Hoje estamos nesta situação: Faltam mães que queiram ser realmente mães, no sentido mais elevado da palavra. O Brasil padece a falta de mães. Das mães que conseguem passar a matriz de bem como só elas sabem, das mães com uma dedicação heróica e desinteressada para com os filhos, das mães cientes que colaboram com Deus no verdadeiro progresso da sociedade e no povoamento do Céu.
Promovam-se as verdadeiras mães, dentro dos verdadeiros matrimônios, que aí sim serão fechadas as prisões, a sociedade se enriquecerá de verdadeiros valores humanos, haverá mais amor entre as pessoas. Não creio que elas realmente se libertaram, pelo contrário.

O Brasil e o mundo depende delas, das mães verdadeiramente mães.
Mães assim são extremamente amadas a vida inteira, na velhice são veneradas, e morrem como que antegozando o Céu, porque são miniaturas de Nossa Senhora.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Dentro da cacofonia, o sino é o afago da Igreja

Como todo mundo que mora numa cidade grande, um paulista como eu não escapa de buscar uma forma de harmonizar seu convívio com os incontáveis aspectos arrepiantes da realidade.
Num desses fins de tarde gelados, apesar de setembro (aquecimento global?!), enquanto percorri a pé algumas quadras em direção à Av. Paulista, procurei dissecar a massa de ruídos que me entravam involuntariamente pelos ouvidos.
Explicitei algo que no tram tram do dia a dia não me era tão claro; que mesmo absorvido por preocupações de outra ordem eu sofria constantemente uma terrível agressão sonora subconsciente. A cada passo que eu dava a massa ruidosa me parecia mais insuportável.
Logo pensei, isso é uma verdadeira orquestra caótica, uma cacofonia sumamente estressante executada pelos “instrumentos” os mais variados; e que me atormenta.
Ruídos de ônibus freando, parados nos pontos e arrancando se somavam ao ronco de motocicletas disparadas, ziguezagueando entre veículos que zumbem. Me deu pena um compulsivo sonoro, que ouvia um batuque tão alto que sobressaia a todo o resto da “orquestra”, mesmo com parte dos vidros cerrados.
O “solo” de uma sirene de ambulância se misturou com o de uma viatura da polícia que, igualmente veloz, fazia o sentido oposto.
Não faltou sequer o contributo da voz humana emitida por grandes auto falantes de um veículo fazendo propaganda eleitoral, o qual ia derramando sobre o ambiente já muito ruidoso uma catadupa de promessas e ataques pessoais a adversários de pleito aliás, nos quais ninguém prestava atenção, já tão desgastados estão os discursos dessa pseudo democracia que vai se transformando paulatinamente em ditadura salgadamente socialocomunista.
Pude até escutar duas senhoras comentarem, fazendo uso de sua liberdade democrática, que as campanhas políticas parecem concurso para ver quem vence o outro com a mentira maior.
Logo ganhei a Avenida Paulista. Veículos atravancados, buzinas impacientes, uma policial combinava seus apitos com gestos autoritários mandando os motoristas agilizarem suas máquinas.
Senti-me sumamente agredido e opresso. Pensei comigo: “Que coisa infernal! Qual será o futuro de tudo isso? Confesso que não vejo no horizonte nenhum sinal de que isso vá mudar por si mesmo, de que voltaremos a ter aquela bonomia e tranqüilidade em que não havia o consumo de calmantes, anti depressivos etc. Neste estado psicológico eu aguardava a abertura no farol para atravessar a avenida sem risco de vida.
Fui então surpreendido por outro som completamente diferente. Do pequeno campanário da capela do Hospital Santa Catarina, partiu um som ao mesmo tempo doce e penetrante.

Senti um contraste profundo entre o efeito que vinha me causando a barulheira caótica e aquele singelo toque, repetido mas muito ameno. Senti-me como que envolvido por uma espécie de manto que me protegeu, distendeu, encheu-me de ternura.
Confesso que aquele som singelo penetrou no meu espírito como um raio de luz num quarto escuro. Comunicou-me uma paz profunda e me ordenou a alma como se eu não estivesse no meio daquele caos sonoro.
Pensei: ó Santa Igreja Católica Apostólica Romana! Só Vós tendes esses recursos espirituais, essa bênção, essa maternidade, porque só Vós sois a verdadeira, a única Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo!
Percebi tanta força, tanto poder de atuação que não vacilei em concluir com um ato de confiança e de esperança que tantas vezes ouvi da boca de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira.
Quando Nosso Senhor resolver que chegou a Sua hora, através de Sua Mãe Santíssima, fará com que o inimaginável se opere e todo esse caos desapareça para dentro dos bueiros da história.


A Santa Igreja Católica Apostólica Romana brilhará como um sol e voltará a ser tida na devida conta. Raiará então a nova Cristandade anunciada em Fátima pela Rainha do Céu da Terra ao dizer : “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará!”
Como é belo, viver em meio a tanta adversidade mantendo e difundindo intacta a fé e esta grande esperança.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Família Tradicional, o melhor Marketing!

Entre os incontáveis encantos que a Civilização Cristã destilou na Europa está Rothenburg, uma cidadezinha medieval alemã, aliás das mais visitadas pelos turistas de todo o mundo.
Vale a pena aplicar a atenção na verdadeira simbologia utilizada pelos donos do comércio para o público identificar os seus estabelecimentos. Uma autêntica exposição de arte!
Numa tentativa de buscar a explicação para o fenômeno que produz efeitos tão bonitos, somos levados, aliás, sem nenhuma dificuldade, a atribuir à tradição cristã daquele povo. A cidadezinha de Rothenburg é como um grande jardim no qual cada planta simboliza uma família e cada flor uma destilação da dita família.
Sim, a origem desses valores e sua perpetuação no tempo, se deve à consistência e estabilidade da família proprietária. Será uma tradicional família de padeiros, ou de cervejeiros, ou de cozinheiros etc., mas será sempre uma família estável.
Conseqüência: Uma profusão de maravilhas.
Cada identificação é um verdadeiro emblema familiar, destilado ao longo de séculos, e faz o marketing mais sólido que existe, que é a autenticidade tradicional. De tal maneira que os turistas, muitos dos quais com as famílias desfeitas, fragmentadas, demolidas, vão oscular com os olhos cheios de admiração os frutos da tradição familiar, os “filhos espirituais e artísticos” nascidos das famílias sólidas e estáveis de outrora.
Este fenômeno se repete numa quantidade inumerável de lugares, cada qual com suas características próprias inerentes à história, à psicologia, à personalidade de cada povo.
Na realidade marketing é isso.
Comparemos com um tipo de marketing moderno. Mensagens efêmeras, sem dotes de arte que não sejam a arte de impressionar, provocar uma reação imediata com a intenção de efetuar uma venda.
Nada de tradição, nada de categoria, nada de elevação. Vamos mais longe: ateísmo, materialismo, anti cultura. Tais tipos de propaganda estão adequados ao artificial ambiente popular atual.
Por que essa ciência não é aplicada para resgatar os valores cristãos autênticos?
Felizmente existem alguns que se preocupam com isso, mas a maioria faz o jogo de acelerar a descida da ladeira... Até onde?
Aproveito para recordar aqui um texto do Papa João XXIII aos habitantes da cidade de Messina, na Itália, citado pelo Professor Plinio Corrêa de Oliveira no seu estupendo livro: “Revolução e Contra Revolução”.
“Nós vos dizemos, ademais, que, nesta hora terrível em que o espírito do mal busca todos os meios para destruir o Reino de Deus, devemos pôr em ação todas as energias para defendê-lo, se quereis evitar para vossa cidade ruínas imensamente maiores do que as acumuladas pelo terremoto de cinqüenta anos atrás. Quanto mais difícil seria então o reerguimento das almas, uma vez que tivessem sido separadas da Igreja ou submetidas como escravas às falsas ideologias do nosso tempo!”.
Viva a tradição, viva a família, viva a propriedade, valores básicos da Civilização Cristã.
Valores básicos do Reino de Maria, profetizado por São Louis Maria Grignon de Montfort e já anunciado por Nossa Senhora em Fátima no ano de 1917.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

A Cidade de Luz e a Selva de Pedra

O Professor Plinio Corrêa de Oliveira cita, na sua magistral obra Revolução e Contra Revolução, o seguinte texto da encíclica Immortale Dei, no qual o Papa Leão XIII descreveu a Cristandade Medieval:
“Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil. Então a Religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos Príncipes e à proteção legítima dos Magistrados. Então o Sacerdócio e o Império estavam ligados entre si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda expectativa, cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer”
O quadro de Veneza, pintado pelo incomparável Canaletto, retrata de modo magnífico a realidade medieval referida por Leão XIII.
Um dos aspectos que mais chama a atenção é a profusão de cores e de formas sumamente variadas.
Outro aspecto é a realidade social cheia de vitalidade onde cada indivíduo tem a sua expressão própria, sua personalidade plena, suas potencialidades de alma não encontram obstáculos e desabrocham por inteiro. Daí muita arte, muita vida, muita felicidade de situação.
Há uma espontaneidade conduzida pela bênção e pela graça de Deus que nos leva a perceber que, numa aparente desordem, cada coisa está onde deveria estar.

Cada detalhe está impregnado dessa vitalidade, dessa luz, que nasce da graça e da bênção postas por Deus nos povos que vivem segundo a Sua santa Lei.
Por que Veneza atrai tantos turistas?
Porque, comenta Plinio Corrêa de Oliveira, Veneza foi uma cidade que cumpriu, em muito bom grau, o plano de Deus para todos os homens: Edificar uma civilização que preparasse para o céu.
Assim sendo, os turistas modernos sentem que certas cordas da alma vibram quando eles se encontram com uma realidade – embora tristemente agonizante convém que se diga – que reflete uma ordem, uma harmonia, uma beleza consonantes com uma matriz que mora no fundo do seu ser, algemada pelo mundo moderno, clamando pelo direito de desabrochar e caminhar para Deus.
Alguém me dirá: Você está sendo parcial. Todo mundo sabe que havia coisas erradas em Veneza.
Sim havia, porque não estamos no Céu, estamos em estado de prova. Mas, o mal era considerado mal e era combatido, e o bem era considerado bem e era favorecido. O que distinguia o bem do mal era Deus e Seus Mandamentos.
Que bela frase de Dr. Plinio, extraída do mesmo livro citado acima:
“Quando os homens resolvem cooperar com a graça de Deus, são as maravilhas da História que assim se operam: é a conversão do Império Romano, é a formação da Idade Média, é a reconquista da Espanha a partir de Covadonga, são todos esses acontecimentos que se dão como fruto das grandes ressurreições de alma de que os povos são também suscetíveis. Ressurreições invencíveis, porque não há o que derrote um povo virtuoso e que verdadeiramente ame a Deus.”



Vejamos agora uma “Selva de Pedra”, nome dado às nossas megalópoles de concreto.
Predominam os blocos de concreto cinza. Não há arte, quase não há cores, não sugere poesia. Tem-se a impressão de uma desordem sem inspiração. Se nos aprofundarmos veremos que está impregnada de ateísmo, de imoralidade, de materialismo. Faz lembrar uma gigantesca prisão que vai inibindo cada vez mais as potencialidades do espírito. Por isso vai se definindo cada vez mais socialista e comunista.
Um pintor genial como Canaletto não encontraria nela o que merecesse ser pintado.
Que tristeza essa pseudo civilização, esse exílio! Consola-nos a promessa feita por Nossa Senhora em Fátima: “Por fim o meu Imaculado Coração triunfará!”.
Contudo, uma grande beleza está presente aqui e não estava na belíssima Veneza.
É, dentro de tanta oposição e adversidade, a esperança que habita e inflama os corações dos que têm Fé e lutam pela vitória de Nossa Senhora e da Civilização Cristã. Serão saciados!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Não, não somos loucos, somos normais! Acredite!

Um dos elementos que mais tem papel nos ambientes humanos é a luz.
Existe a luz própria a favorecer um estudo, diferente daquela que propicia um trabalho, que por sua vez é distinta daquela que suscita uma boa conversa.
Toda luz, de algum modo, participa do sol, a nossa super luz; ainda que apenas representando uma imagem dele. O sol é uma enorme bola de fogo, belíssima, possantíssima. O homem se encanta com o sol e tem pelo fogo uma profunda admiração.
Dr. Plínio Corrêa de Oliveira dizia que “o fogo nunca diz basta”. Uma pequena chama é capaz de incendiar toda uma floresta. Por isso o fogo é símbolo do amor e da caridade, que é o amor de Deus. O fogo atrai, encanta, impõe respeito.
Quando alguém elege um lustre para a principal sala de sua casa, por exemplo, está no direito de tentar colocar ali um símbolo do sol, fonte de toda a luz terrena, e a seu modo, uma metáfora de Deus, fonte de toda luz espiritual, de todas as virtudes, de todas as graças.
Por isso, assim como Deus tem Seu trono no Céu, do lustre do teto emana toda a luz que inunda e forma o ambiente. E o homem viverá constantemente sob a luz que desce e o inunda. Que belo papel tem o lustre!
Quando ele olhar para o teto, quererá ver algo que o encha de admiração, que reine sobre ele e sob o qual ele se orgulhe de estar. Este é o papel do lustre de salão. É natural que seja muito esplendoroso, rico e até precioso, pois representará a Deus para todos os que vivem sob ele.
Mas há outras espécies de fontes de luz muito bonitas como as arandelas, os abajures especialmente as velas, grandes conquistadoras dos privilegiados praticantes da arte de conversar. As velas também convidam o homem a se ajoelhar humildemente, a rezar e a se elevar às alturas para “conversar” com Deus... A luz de vela é uma espécie de elevador da alma.
Entretanto teríamos no espírito uma enorme lacuna se nos furtássemos a analisar a realidade.
Conforme temos já exposto, existe uma intenção evidente de promover a loucura humana. Aos poucos as pessoas não têm mais a certeza sobre o que é normal e o que é anormal. Vivemos num século que ostenta o anormal como normal, onde os normais de tal maneira são agredidos em sua normalidade, que podem acabar cedendo à idéia de achar que são eles os loucos...
Neste sentido vejam uma novidade em matéria de lustre. Um tênis, que é um calçado esportivo e sem refinamento, paira sob as cabeças dos homens e ilumina-lhes o ambiente.
Beleza, requinte, elevação, categoria que são predicados próprios daquilo que paira sobre o homem não existem. O revestimento do pé, que toca o chão, é calcado pelo homem, vai ser a fonte da luz que ilumina o seu ambiente. Isso não é próprio, não é nobre, é indigno para o homem.
Aqui sim, se trata de defender um direito humano fundamental: o direito de sermos normais, respeitáveis, digno, elevados.



Não, não somos loucos, somos normais! Acredite!
Mas este não é, hoje, um direito humano... Por quê?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Saber "sonhar" é viver o mais elevado da realidade


“Era uma vez uma princesa tão alva que parecia feita de porcelana. Morava num lindo castelo feito de pedras preciosas azuis que ficava acima das nuvens. Ela era uma fada muito bondosa que descia à terra sempre com um vestido cor de rosa e uma coroa de diamantes que cintilavam como estrelas.
Era trazida por três grandes cisnes cor de pérola azulada que pousavam num lago de águas puríssimas e a partir dali... “
Quem não ouviu quando criança, de olhos arregalados, boca aberta, absorto, sua avó de cabeça prateada, ou seu tio já grisalho, desenrolar contos parecidos com este? Eu ainda tive a felicidade de saborear um restinho daquele tempo.
Sonhava-se.
As pessoas carregavam dentro da alma uma matriz de sonho na qual se refugiavam quando queriam descansar ou fazer voar o espírito.
Tanto isso era verdade que era possível notar, naqueles que narravam contos de fada, o quanto procuravam lhes comunicar vida deixando entrever que dentro de sua alma levavam indeléveis os seus sonhos.
Confirma isso o Disney que atraiu, e atrai até hoje, um número incontável de pessoas que escapam da agressiva e materialista “sem-gracês” do ambiente atual para, pelo menos por algumas horas, sonhar...
O erro do Disney está em incutir a idéia de que o sonho é, de fato, uma ilusão infantil que a realidade acaba por desmitificar. É algo irreal e efêmero que tem seu lugar para crianças ainda sem pleno conhecimento na realidade, especialmente a realidade freudiana, incompatível com qualquer tipo de sonho maravilhoso.
Contudo, os contos de fada prestam uma homenagem indiscutível à época em que mais se sonhou na história: a Idade Média.
Conto que não é da Idade Média, não é de fada...
Por que a Idade Média européia sonhou tanto?
Porque foi uma era de elevação. Graças à ação sacralizante da Igreja Católica, o homem medieval acreditava piamente que a razão da vida na terra era a preparação para o Céu, para o Paraíso Celeste. Em consequência o homem, que desejava enormemente, por amor a Deus, unir-se a Ele no Céu, queria tornar a terra semelhante ao Céu. E sabia que deveria buscar atingir essa meta no maravilhoso autêntico, que arremetia para Deus.
Foi a condição de herdeiro do Céu que levou o medieval a criar coisas tão carregadas de maravilhoso as quais despertam o encantamento, mil anos depois, no homem mais tristonho, mais desprovido de maravilhoso e de sonho da história.

O sonho não é uma mentira, mas é o aspecto mais alto da realidade, o aspecto onde devem habitar as almas capazes de elevação e de grandes anseios rumo a uma grande perfeição.
Quando Nossa Senhora prometeu em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!” Ela lançou, Ela própria, o maior sonho da história, o sonho de uma nova Idade Média que é a superação da primeira. Mais bela, mais forte, mais santa e por isso mesmo, mais duradoura.
Ter devoção a Nossa Senhora de Fátima é sonhar, é transformar o passado magnífico medieval num pequeno esboço de um grande e magnífico ideal: o Reino de Maria que virá.
Virá? Já vejo algum cético, pé na terra, colocar a dúvida.
Sim, virá, para aqueles que souberem sonhar e compreenderem que este tipo de sonho é a mais alta das realidades, pois é inspirada na Fé, na esperança e na caridade.
É Deus quem o coloca na alma de quem se abre para Ele. E Deus não mente!
Neste sentido, não tenhamos receio: Sonhemos!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

"É preciso enlouquecer o ser humano."


Não, caro(a) leitor(a), não foi um furacão ou um tornado que virou esta casa de ponta cabeça, ela foi construída assim intencionalmente! Parece inacreditável, mas é a pura realidade.
Um arquiteto alemão, cujo nome não faz falta citar aqui, teve essa idéia “original” - aliás não tão original, pois já existem outras do gênero – de fazer esta casa cujos móveis também, diz a notícia, ficam de ponta cabeça.
Mas o pior não é isso, pois sempre haverá gente pronta a fazer qualquer loucura para atrair a atenção sobre si seja por vaidade, por dinheiro ou até mesmo por loucura. O mais grave é a naturalidade com a qual o público encara um disparate como esse.
Esta casa não é bem um símbolo de uma inversão completa de valores? Não é bem verdade que esta inversão está se dando numa série de outros campos? Na moda, na música, na sexualidade, na noção de cultura, em última análise na própria noção que o homem faz de si mesmo?
O mundo está sendo virado às avessas, porque o home está sendo virado às avessas.
Trata-e de uma desfiguração do homem para que desapareça sua semelhança com Deus.
Veja a outra casa em forma de vaso sanitário: equivale a afirmar que o homem não passa de um dejeto.
Este é o prêmio do afastamento da Lei de Deus. O homem vai parar no esgoto da história, escravizado em nome de uma falsa liberdade. As coisas se passam com se houvesse um desejo explícito de enlouquecer o ser humano!!!
Ao homem que troca Deus por falsos “deuses” lhe é negado o seu maior valor: a semelhança com o Criador. É a expressão mais radical do IGUALITARISMO, ser reduzido à loucura e à mais repugnante das matérias. Sua alma como que morre para os valores do espírito.
Não foi para isso que Nosso Senhor Jesus Cristo redimiu os homens. Mas para construir uma bela civilização de acordo com Seus preceitos.
É pena não dispor aqui da foto de um quadro de Nosso Senhor flagelado, existente no Equador ou na Colômbia, sob o qual está escrito:
Dai-me tempo e farei justiça!
Aliás, a justiça divina já foi prevista em Fátima no ano de 1917 quando Nossa Senhora anunciou que, após um bem merecido castigo o Seu Imaculado Coração triunfará!E todos os que crerem e mantiverem inabalável a esperança, triunfarão com Ele. Que Nossa Senhora apresse o seu dia, nos proteja e ajude nessa dura travessia da história dos homens.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Desigualdade feliz e igualdade atormentante



Elizabeth II em visita a Uganda, na África.
A primeira coisa que chama a atenção na foto é o encantamento manifesto do menino negro. Ele está literalmente extasiado de admiração para com a Rainha. Eu diria mais, ele está tomado de uma verdadeira devoção para com a soberana a qual por sua vez, com sua característica dignidade majestade, por trás do vidro de um veículo de máxima categoria, parece estar dentro de um escrínio ou relicário. Dir-se-ia que ela se encontra numa outra realidade quase celeste e ele aqui neste vale de lágrimas.
No entanto ele olha para ela e não se compara, não a inveja, nem tem vontade de tomar seu lugar e inverter a cena.
Para ódio dos socialistas e comunistas – ateus ou religiosos, não importa – percebe-se, sem que se veja a fisionomia, que o menino está experimentando um momento de imensa felicidade. Ele está sentindo o que ele é exatamente e sabe o que a Rainha é. Ela, a partir da superioridade de sua alta condição, olha para o menino, também feliz com a grande alegria que dele irradia.
A Rainha enche a alma do menino de elevação e ele enche a alma da Rainha de enternecimento protetor.
Entre duas pessoas iguais isso não se daria nesse grau. Esse céu na terra é fruto da desigualdade justa, onde a alma inocente não se rebaixa abrindo as portas à inveja, mas consegue saborear outros valores muito mais nobres, muito mais elevados, que preparam para o encontro com Deus no final da vida e para a eternidade gloriosa. Para elas esta é a verdadeira riqueza.


Já da foto do Che Guevara o comentário é o oposto. Ele tem a mística da revolta, da inveja, do ódio feroz contra tudo o que lhe é superior. Pessoa prestigiada ao máximo pela mídia e pelas esquerdas atéias e "católicas".

No entanto sua fisionomia é um poço de tristeza, de amargura e de frieza mortal. Ele não tem, nem de longe, a alegria leve, profunda e contagiante do menino negro, tão superior espiritualmente. Che tinha a fisionomia de um atormentado. Feliz menino negro!



segunda-feira, 21 de julho de 2008

Batman x Santa Joana D´Arc

Todas as coisas que existem são símbolos de virtudes ou de vícios; porque Deus não criou nada sem sentido. Para quem analisa o universo em que vive percebe que as coisas simbolizam quer por analogia quer por oposição a Deus nosso Criador.

O Batman, do qual uma nova versão cinematográfica acaba de ser lançada, é um campeão de bilheteria, mas ao mesmo tempo um símbolo do mal contraditoriamente agindo a favor do bem.
Sua forma é a do morcego, sempre considerado símbolo do demônio por sua feiúra, seu aspecto repugnante, habitante dos locais escuros, sugador de sangue, que tem a noite como o período de sua atuação, que dorme de ponta cabeça pois nele os valores são inversos.
A única cor que existe em tudo o que o Batman porta é a cor preta. Que, na realidade simboliza a ausência de cores e de luz; simboliza o mal. Sempre foi dito comum que uma pessoa má é filha das trevas. O Batman é um homem das trevas, que pretende se assemelhar ao rei das trevas: o demônio.
No entanto é um homem das trevas que atua contra bandidos, que desmantela quadrilhas, que defende a cidade, ou melhor dizendo a comunidade. No fundo é uma versão mentirosa de que o demônio tem seus lados bons, e que os maus, no fundo são bons, é uma questão de conversar com eles, explicar, sorrir para os termos aderentes e defensores do bem.
O Batman é a afirmação de que o bem não se fundamenta em Deus, que é o oposto das trevas, da feiúra, do soturno; mas em alguém que representa o demônio, tem seu QG numa caverna, age por conta própria, independente de Deus.
Ele é um símbolo do demônio, oposto a Deus, que a mídia, fiel servidora, transforma num concorrente de Deus para roubar a admiração dos homens, especialmente das crianças e jovens, devidas por justiça ao Criador, fonte de todo o bem. É um falso herói, de um falso deus, para um falso fim.
Vejamos agora o heroísmo legendário de Santa Joana D´Arc.



Tudo o que ela fez, foi por fidelidade a Deus, para servir a Deus. Tudo o que Deus lhe pediu ela cumpriu. Abandonou sua pacata vida de pastora da Lorena, na França, comandou os exércitos do rei da França para libertar o Reino da França dos ingleses que o haviam invadido para o destruir, foi traída, presa, condenada injustamente a morrer queimada.
Em todos os vários episódios de sua bela história sua preocupação foi cumprir o que Deus queria dela. A tudo ela correspondeu com tanto amor e heroísmo que, poucos anos após seu martírio, a França não só foi liberta completamente dos ingleses, mas ela foi inocentada num novo processo justo e Deus a conduziu a ser Patrona da França.
Ainda hoje, neste século de suma decadência moral e espiritual, qualquer um que atacar Santa Joana D´Arc está ipso facto liquidado. Deus, glorificou-a tanto no céu como na terra, onde fez dela o “sol da França” e o símbolo do mais autêntico heroísmo católico.
Como o dourado lhe cai bem! Como a sua glória está bem paga por Deus, a quem Ela serviu com total dedicação. Ela não está somente nas praças, mas nos altares das igrejas onde um número incontável de devotos reza para ela.
Veja a contradição, caro leitor, cara leitora, muito bem apontada por Dr. Plinio:
Embora Santa Joana D´Arc tendo demonstrado tanta força, tendo comandado exércitos e dirigido batalhas, as feministas não gostam dela nem lhe fazem referência. Por quê?

Porque ela foi forte sem se masculinizar, ela não abandonou suas características femininas, e sua união com Deus. O seus acusadores no processo que a iria condenar à fogueira ao verem que ela não se vergava com nenhum argumento chegaram à conclusão: “Ela é invencível porque é virgem. Temos que tirar-lhe a virgindade para quebrarmos o seu espírito e levá-la à traição.”
Por mais que tentassem não conseguiram nada. E ela venceu os acusadores, venceu o fogo e chegou à glória celeste íntegra, forte e santa. Deus a premiou glorificando-a eternamente no Céu e sobre a França; a partir da qual seus reflexos dourados se expandem por toda a terra conquistando sempre novos admiradores e admiradoras.
Que glória de fumaça a que as bilheterias dão ao Batman...
Que glória dada por Deu quando se é herói católico como Santa Joana D´Arc!!!!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

A Moda escraviza, a Tradição liberta!

Apagam-se as luzes, a passarela se destaca fortemente iluminada. O público seleto aguarda com expectativa a primeira exibição do desfile. Cada um dos presentes pagou caro o privilégio de ocupar uma daquelas cadeiras. Sobretudo as mulheres já imaginam serrar de cima com as amigas no cabeleireiro contando com orgulho onde esteve na noite anterior.
Entra a primeira modelo...



...literalmente uma palhaça!
A platéia toma com toda naturalidade. Sabe que é uma coisa louca, mas procura absorver como sendo algo normal. Olhar compenetrado sem analisar a fundo, sente a quebra da lógica, da harmonia, da beleza. Mas sente também que precisa modificar seus padrões interiores para tomar aquela doidisse como normal. Afinal, moda é assim: aceita-se como um dogma religioso, não se discute.
Entra outra modelo...




...mais uma demência! Sapato amarrado na cabeça...!

Mais uma vez, cara de normalidade, de aceitação, de submissão diante daquele símbolo de inversão total de valores. Juntar o sapato com a cabeça equivale a juntar a cabeça com os pés, a pôr-se de ponta-cabeça. Senso? Equilíbrio? Elegância?
Algo que é inimigo desses “valores retrógrados” arromba as portas da dignidade humana e entra em cena. O público mais uma vez renuncia a crítica racional e se adapta, engole.
Entra a terceira...






... um verdadeiro deboche contra os assistentes.

Seria como se dissesse: Isso é loucura mesmo, mas submetam-se e aplaudam porque amanhã isso estará nas ruas, imposto pelos mecanismos de alienação da moda. Vocês são os tubos de ensaio, a sonda, dessa droga enlouquecedora que dominará o comportamento futuro próximo. E ninguém vai defender a dignidade humana, a respeitabilidade, a honra e a condição de ser espiritual do ser humano. Sim, porque isso é MODA. E a MODA é aceita com fanatismo, sem análise, sem distinção, sem adesão consciente declarada.
Estas fotos são de desfiles diferentes, mas todos com o mesmo objetivo. Lançar a moda que será imposta por mecanismos profundos ao comum das massas.
Qual o objetivo de lançar coisas tão estudadamente loucas?!
Levar as pessoas a renunciarem à sua capacidade de analisar, pensar, escolher, aceitar ou recusar conscientemente o que lhe é proposto. Destruir as personalidades e criar o tipo humano que aceita tudo e qualquer coisa, pois virou massa; deixou de ser povo. Tornou-se ESCRAVO!

Analisemos agora, caro leitor ou leitora a tradicional prenda gaucha abaixo; ainda atual no Rio Grande do Sul. Portanto uma tradição viva.


Vejam a felicidade de situação da moça, cheia de dignidade, de recato, de graça.
Aqui tudo tem sentido e lógica. A alma transparece na fisionomia transformando todo o corpo com o belo vestido num esplêndido pedestal para a cabeça. A semelhança do ser humano com Deus está evidente. É uma mulher que está totalmente coerente com sua condição feminina, que não tem a pretensão de ser homem, que está na posse de sua personalidade. Aqui há ordem autêntica enquanto nos modelos acima há loucura.

É ou não é verdade que aqui há liberdade, lá tirania e escravidão? É óbvio!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A Missa de Deus e a do homem. Conclua...

Santa Missa celebrada no Altar da Confissão, em São Pedro, segundo o rito tradicional, chamado tridentino.
O celebrante é ao mesmo tempo o sacerdote de Deus e o representante de todo o povo junto a Deus.
Os personagens que participam da cerimônia estão todos ajoelhados diante da elevação do Santíssimo Sacramento, que é presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo em corpo, alma, sangue e divindade.
A atitude do conjunto dá o destaque supremo a Deus, depois ao celebrante e depois aos demais conforme regras do cerimonial hierárquico litúrgico.
O quadro gerado pela disposição das pessoas concorre para dar a idéia de um imenso ostensório feito de almas.
Aqui se notam: fé, sacralidade, elevação, compostura, pureza, majestade, humildade, esplendor etc.
Em tudo se nota que o homem é sobretudo espírito, que sua alma é feita para Deus, é eterna, e deve prestar-lhe encantada o culto digno de Deus.
Quanto ao povo, não aparece na foto, mas participa numa união total em ato de adoração e submissão aos preceitos que lhe cabem e cuja observância lhe abrirá as portas do Céu.

Já a foto abaixo tem outra nota completamente diferente. É voltada para o homem, uma cerimônia sem mistério, sem grandeza, sem esplendor. O efeito nas almas que a solenidade da pompa provoca fica ausente, a começar pelos celebrantes.
Nada faz pensar no Céu, nada convida a adorar a Deus, mas a preocupar-se sobretudo com os aspectos materiais do homem. A busca contínua da paz, da saúde, da igualdade, do terreno, do humano, do despojado, em fim, de tudo quanto é passageiro nessa terra e a ausência do eterno são os elementos que irradiam da cerimônia moderna abaixo.




sexta-feira, 13 de junho de 2008

A televisão destruiu incontáveis famílias matando o convívio entre seus membros

A mesa está pronta para um almoço ou um jantar.
A cada conviva correspondem dois pares de talheres para salgado e três peças para a sobremesa. Dois copos equivalem a dizer que a refeição será regada a vinho. Um bonito arranjo central como que ilumina todo o conjunto para o qual os guardanapos de pano, dispostos em leque, fazem o papel de corola. A sensação de limpeza é completa.
Todo o conjunto alia dignidade e qualidade, sem ser propriamente luxuoso, num resultado de inegável bom gosto.
Como é normal, a quem a contempla, a mesa promete um cardápio que não decepcionará o convidado, criando neste uma espectativa agradável que só pode ser favorecida se for agraciada com um bom aperitivo.
Há quem afirme, e parece ter razão, que uma boa mesa tem um papel fundamental nas relações de uma família. É ela que torna convidativa a reunião onde tudo é posto em comum. A elaboração culinária da mãe de família dedicada e amorosa, que aprendeu como alimentar os gostos dos seus, pode dedilhar todo um convívio e torná-lo agradável, entretido e prolongado, colaborando possantemente para a estabilidade da própria união familiar.
Saber tornar interessante unida a vida da família é muito superior a dirigir uma empresa, um avião, um trem, pois favorece a entrada de elementos bons para a sociedade.
A televisão destruiu esse convívio. Ela gerou uma ansiedade que levou muitas famílias a transformarem suas refeições quase em mal necessário. Cada um chegava, ia direto ao fogão, enchia sem nenhum esmero o prato e se apressava em colocar-se frente à televisão sem se importar com o precioso comércio afetivo entre os membros da família que tinha seu precioso momento em torno da mesa.
É evidente que este não é o único fator de união da família, mas é um possante fator. Hoje é comum, para comerem em comum, na melhor das hipóteses, saírem todos para comer em restaurantes onde, cada vez mais, as pessoas não pedem propriamente pratos pelo valor da culinária, mas em razão das substâncias segundo suas propriedades curativas ou preventivas.
Na realidade as refeições deixaram, em um número incontável de famílias, de ter aquele aspecto tão fundamental no convívio. Quem sabe se este não é um dos motivos pelos quais as famílias se desafazem como castelos na areia?

Abaixo um quadro muito pitoresco que sugere uma boa conversa sobre o convívio familiar popular. Quanta vida, quanto pitoresco, quanta alegria de viver. Dias sem graça os nossos... Felizmente Nossa Senhora anunciou o triunfo do Seu Imaculado Coração, portanto o retorno desses valores mas muito mais elevados.