quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Os Natais que não existem mais...; mas que voltarão...






“Os senhores não pegaram esse traço que havia nos antigos natais que eu peguei, no tempo em que o Natal tinha uma sacralidade que os senhores não podem ter idéia!
“No meu tempo, nos dois ou três dias que precediam o Natal, já um certo aroma da atmosfera natalina começava a envolver a cidade.




“No centro velho da cidade, havia casas que vendiam brinquedos. Tinham na vitrine um presépio, e um gramofone que tocava músicas: eram as músicas de Natal...







“Quando chegava a noite de Natal, as famílias todas começavam a ir em grupo para a igreja, devagarzinho, na noite.... na paz, naquele andar, assim, devagar...
“Batem os sinos! Dentro da igreja começam a cantar os cânticos de Natal. É a missa que começa. Tinha-se a sensação de uma graça que vinha de uma altura, mas de uma altura!..









“Era uma graça que enchia as pessoas de disposições de espírito, que parecem incompatíveis, mas que convivem maravilhosamente:
“A noção recolhida, humilde e enlevada do sublime; e de outro lado, a doçura de quem recebe uma misericórdia sem limites.

“Era uma coisa que é preciso ter visto. Os natais, depois, não tiveram mais isso. Talvez de nada na minha infância eu tenha tanta saudades quanto desse aroma, dessa graça de Natal.” (Plinio Corrêa de Oliveira 5/1/1989)