Chama a atenção o fato de que, independente dos homens se deterem para admirar o astro rei, promove ele suas sublimes pirotecnias esplendidamente adaptadas ao panorama e ao céu que lhe servem de moldura nos mais variados lugares do mundo.
Contudo, temos que reconhecer, existe uma grande indiferença para com o sol por parte da maioria das pessoas. O sol é tratado com a maior indiferença, e, no entanto, sem a sua luz a vida seria impossível, inclusive a humana.
Mas o comum dos homens pouco pensa nisso. Especialmente certa gama de cientistas, de ecologistas etc., para os quais só interessa o buraco da camada de ozônio, o aquecimento global (que meio desmentido pela realidade, foi substituído jeitosamente pela mudança climática. Depende do momento). São personagens quase sempre alheios à Fé Católica, determinados a impingir uma espécie de Fé ecológica aos pobres párias desentendidos. Voltemos ao nosso tema.
De onde vem essa obstinação de negar ao sol o reconhecimento, a admiração, o entusiasmo que o seu alto nível de beleza merece?
Se nos detivéssemos um pouco para saborear a frase que um francês - com um certo tipo de gume que eles têm mais do que ninguém - proferiu sobre o sol, após considerar admirativamente o efeito da sua luz sobre as coisas da Terra.
“O sol, sem o qual as coisas não são senão o que elas são...” Que bela explicitação! Frase aliás, que Dr. Plinio citou em incontáveis ocasiões.
Sem entrar em comparação com o filho daquela nação que é chamada a Filha Primogênita da Igreja, ousemos fazer também uma consideração com o intuito de proporcionar algum regalo para o espírito dos leitores.
Quis Deus Nosso Senhor que o dia dos homens acabasse não raramente com belos pores de sol. O crepúsculo é o fim do dia, o “coucher du soleil”, o deitar do sol; e exerce um misterioso atrativo para os que sabem elevar o espírito e contemplar, no fundo para os que sabem viver.
Sim, porque ao término do dia o sol aparece em sua glória e como que no fim de um longo caminho; caminho que, por sua vez termina na noite.
E lembra ao homem que sua vida nesta terra terminará numa noite. Que na ponta da sua trajetória existe um SER que o aguarda com a promessa de uma glória incalculável, para além a noite. Bem entendido se ele, criatura redimida, souber aproveitar a vida para preparar esse encontro supremo, com o “Supremo Sol” que o criou, o redimiu, o amou infinitamente.
Invoco aqui a frase de Santo Agostinho da qual não me recordo com toda precisão:
“Deus é amigo dos homens e quer sua salvação. Cumpre aos homens tornarem-se amigos de Deus”.
Ao contemplar estes pores de sol, é a frase que nos brota do coração.
Sejamos realmente amigos de Deus.
O resto é ilusão e aflição de espírito.