Entre os incontáveis encantos que a Civilização Cristã destilou na Europa está Rothenburg, uma cidadezinha medieval alemã, aliás das mais visitadas pelos turistas de todo o mundo.
Vale a pena aplicar a atenção na verdadeira simbologia utilizada pelos donos do comércio para o público identificar os seus estabelecimentos. Uma autêntica exposição de arte!
Numa tentativa de buscar a explicação para o fenômeno que produz efeitos tão bonitos, somos levados, aliás, sem nenhuma dificuldade, a atribuir à tradição cristã daquele povo. A cidadezinha de Rothenburg é como um grande jardim no qual cada planta simboliza uma família e cada flor uma destilação da dita família.
Sim, a origem desses valores e sua perpetuação no tempo, se deve à consistência e estabilidade da família proprietária. Será uma tradicional família de padeiros, ou de cervejeiros, ou de cozinheiros etc., mas será sempre uma família estável.
Conseqüência: Uma profusão de maravilhas.
Cada identificação é um verdadeiro emblema familiar, destilado ao longo de séculos, e faz o marketing mais sólido que existe, que é a autenticidade tradicional. De tal maneira que os turistas, muitos dos quais com as famílias desfeitas, fragmentadas, demolidas, vão oscular com os olhos cheios de admiração os frutos da tradição familiar, os “filhos espirituais e artísticos” nascidos das famílias sólidas e estáveis de outrora.
Este fenômeno se repete numa quantidade inumerável de lugares, cada qual com suas características próprias inerentes à história, à psicologia, à personalidade de cada povo.
Na realidade marketing é isso.
Comparemos com um tipo de marketing moderno. Mensagens efêmeras, sem dotes de arte que não sejam a arte de impressionar, provocar uma reação imediata com a intenção de efetuar uma venda.
Nada de tradição, nada de categoria, nada de elevação. Vamos mais longe: ateísmo, materialismo, anti cultura. Tais tipos de propaganda estão adequados ao artificial ambiente popular atual.
Por que essa ciência não é aplicada para resgatar os valores cristãos autênticos?
Felizmente existem alguns que se preocupam com isso, mas a maioria faz o jogo de acelerar a descida da ladeira... Até onde?
Aproveito para recordar aqui um texto do Papa João XXIII aos habitantes da cidade de Messina, na Itália, citado pelo Professor Plinio Corrêa de Oliveira no seu estupendo livro: “Revolução e Contra Revolução”.
“Nós vos dizemos, ademais, que, nesta hora terrível em que o espírito do mal busca todos os meios para destruir o Reino de Deus, devemos pôr em ação todas as energias para defendê-lo, se quereis evitar para vossa cidade ruínas imensamente maiores do que as acumuladas pelo terremoto de cinqüenta anos atrás. Quanto mais difícil seria então o reerguimento das almas, uma vez que tivessem sido separadas da Igreja ou submetidas como escravas às falsas ideologias do nosso tempo!”.
Viva a tradição, viva a família, viva a propriedade, valores básicos da Civilização Cristã.
Valores básicos do Reino de Maria, profetizado por São Louis Maria Grignon de Montfort e já anunciado por Nossa Senhora em Fátima no ano de 1917.