terça-feira, 31 de maio de 2022

Em defesa dos direitos de Deus

 

Neste artigo abordarei um tema pouco agradável para aqueles que vivem completamente mergulhados na busca incansável de uma vida prazeirosa, sem horizontes além de seus egoísmos mesquinhos.

Porém, o tema é muito bonito para as pessoas que verdadeiramente amam a Deus e percebem o quanto Ele está sendo continuamente ofendido no mundo de hoje e não se conformam.

Desde o pontificado de Bento XV, teve início uma propagação cada vez maior nos meios católicos de uma vida espiritual pautada quase exclusivamente na misericórdia de Deus e no amor ao próximo, ao mesmo tempo que se deu um paulatino abandono da pauta da virtude da Justiça de Deus e do amor a Ele.

Essa trajetória levou até à antipatia por tudo o que não fosse amor e misericórdia ao mesmo tempo que fomos imergindo cada vez mais numa desabrida e aterradora imoralidade. Sim, pois segundo se prega em muitíssimos lugares, Deus perdoa tudo e a todos, mesmo sem arrependimento e contrição.

Houve até um Santo que afirmou: “A misericórdia de Deus levou mais gente para o inferno do que a justiça!” Compreendamos: Se as pessoas pensassem mais na justiça de Deus e temessem realmente o Seu castigo, não pecariam e se salvariam. Essa verdade está no Eclesiástico: “Pensa nos teus novíssimos e não pecarás eternamente” (Ecl. VII 40). Abusando da misericórdia, acreditam que Deus jamais as punirá por seus pecados e, em consequência, pecam cinicamente, à vontade. E se condenam.

Isso posto, chegamos ao centro do nosso tema: Muitos Santos, dezenas deles, vêm profetizando há décadas que Deus punirá o mundo dos seus pecados. E prevendo que a quantidade de pecados seria uma avalanche, disseram que o castigo seria imenso, universal.

Para me referir a uma das profecias sobre a severíssima punição de Deus, recordo Nossa Senhora de Fátima: “Se não deixarem de ofender a Deus, ...várias nações serão aniquiladas...”

Ora, o pecado está atingindo um tal paroxismo que, há muito tempo, o castigo se tornou irreversível e, assim como a morte, virá de repente como um ladrão.

Logo, é próprio ao católico que seja prudente e sábio, se preparando para essa eventualidade. Como se preparar?

Primeiramente compenetrando-se que Deus é Deus e tem absolutamente todo o direito de ser amado e obedecido. Que sua paciência se mostrou infinita ao sofrer a Paixão a fim de nos remir os pecados e ao criar a Santa Igreja para cuidar da nossa salvação.

Além disso, vem advertindo o mundo através de Nossa Senhora de La Salette, de Fátima, de Akita e de muitos Santos e Santas de forma, que poderíamos dizer, ininterrupta. Mas, sem resultado.

Em segundo lugar devemos compreender que somos meras criaturas de Deus, o que nos obriga a, no maior encantamento da alma, amá-lO sobre todas as coisas, querer obedece-lO e louvá-lO nesta terra para depois estar eternamente com Ele no Céu.

Em terceiro lugar, quando ele castigar a humanidade, o que pode ocorrer a qualquer momento, ninguém sabe! Não devemos nos antipatizar com Ele nem nos revoltar, mas ama-lO enquanto punindo, pois é adorável em todas as suas manifestações.

Em quarto lugar, evidentemente fazermos todo o possível para não merecermos punição servindo-nos da eficacíssima intercessão de Nossa Senhora e do auxílio dos Anjos e Santos. Ou seja, praticarmos autenticamente a verdadeira religião católica e nos mantermos em estado de graça constante.

Por último procurar fazer com que os pecadores façam o mesmo, tanto quanto nos seja possível, especialmente os mais próximos de nós.

Sobretudo tenhamos presente sempre que Deus não despreza um coração contrito e humilhado.

Todos nós temos faltas a pagar, mas se nos humilharmos e pedirmos perdão sinceramente a Nosso Senhor, por intercessão de Nossa Senhora, Ele não nos negará.

Logo, tenhamos confiança e caminhemos com ânimo indomável no serviço de Nossa Senhora, do resto Ela cuidará.

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