quarta-feira, 30 de julho de 2008

Desigualdade feliz e igualdade atormentante



Elizabeth II em visita a Uganda, na África.
A primeira coisa que chama a atenção na foto é o encantamento manifesto do menino negro. Ele está literalmente extasiado de admiração para com a Rainha. Eu diria mais, ele está tomado de uma verdadeira devoção para com a soberana a qual por sua vez, com sua característica dignidade majestade, por trás do vidro de um veículo de máxima categoria, parece estar dentro de um escrínio ou relicário. Dir-se-ia que ela se encontra numa outra realidade quase celeste e ele aqui neste vale de lágrimas.
No entanto ele olha para ela e não se compara, não a inveja, nem tem vontade de tomar seu lugar e inverter a cena.
Para ódio dos socialistas e comunistas – ateus ou religiosos, não importa – percebe-se, sem que se veja a fisionomia, que o menino está experimentando um momento de imensa felicidade. Ele está sentindo o que ele é exatamente e sabe o que a Rainha é. Ela, a partir da superioridade de sua alta condição, olha para o menino, também feliz com a grande alegria que dele irradia.
A Rainha enche a alma do menino de elevação e ele enche a alma da Rainha de enternecimento protetor.
Entre duas pessoas iguais isso não se daria nesse grau. Esse céu na terra é fruto da desigualdade justa, onde a alma inocente não se rebaixa abrindo as portas à inveja, mas consegue saborear outros valores muito mais nobres, muito mais elevados, que preparam para o encontro com Deus no final da vida e para a eternidade gloriosa. Para elas esta é a verdadeira riqueza.


Já da foto do Che Guevara o comentário é o oposto. Ele tem a mística da revolta, da inveja, do ódio feroz contra tudo o que lhe é superior. Pessoa prestigiada ao máximo pela mídia e pelas esquerdas atéias e "católicas".

No entanto sua fisionomia é um poço de tristeza, de amargura e de frieza mortal. Ele não tem, nem de longe, a alegria leve, profunda e contagiante do menino negro, tão superior espiritualmente. Che tinha a fisionomia de um atormentado. Feliz menino negro!



8 comentários:

Anônimo disse...

não... o menino negro não conhece história, ora essa... É por isso que ele só queria um pedaço de pão... Como é que ele ia querer que o império britânico não tivesse invadido a África, não tivesse promovido uma aceleração histórica fundamentada na crença de superioridade racial, na crença de que Deus é branco... O menino negro não poderia pensar isso, não poderia desejar uma história diferente para o seu país. Ele só podia mesmo pensar na fome, olhar com olhar de fome para aquela que ele não sabe que é a neta de quem lhe legou a fome...

Já o Che olha como quem viajou pela América, viu injustiça... ficou com raiva, perdeu o juízo, matou...

Deus pode ter feito um homem diferente do outro mas ensinou a todos o direito de pedir pelo pão de cada dia... A rainha, a avó da avó da rainha podia nunca ter tirado o pãozinho do menino... e Che(s) não precisariam ter o olhar de quem matou tanta gente...

Anônimo disse...

A você que assina Ybyraguaçu:
O menino está encantado e não está pedindo pão. Isso é palpável na fotografia.
Você considera que a Africa primitiva era um paraíso antes dos britânicos entrarem lá. Flagrante desconhecimento histórico.
Seu comentário repete jargões, não são cintíficos e sua maneira de apaixonada de comentar demonstra um desvario indignado.
Não desejo o seu mal absolutamente, como sou católico nunca fui nem serei racista pois é um pecado, mas creio que você lucraria em buscar fontes sérias dobre história da África, e sobre a história do guerrilheiro e terrorista para ver que ele não matava por justiça mas por não aceitar, por inveja, a superioridade de outrem.
O igualitarismo gera a inveja, a inveja gera o ódio (por isso que Caim matou Abel), e o ódio leva ao homicidio.
Repare bem o menino e veja como ele está feliz... e procure imitá-lo. Você sairá dessa situação tão infeliz e encontrará o paraíso que todas as pessoas humildes levam dentro de si.
Que Nossa Senhora o ajude.
Marcos Garcia

Anônimo disse...

Não falei que a África era um paraíso. Isso você viu do mesmo jeito que viu a felicidade da criança africana. Duvido muito que o autor do post saiba alguma coisa de história da África. Eu disse que o império britânico invadiu a África e provocou um processo de aceleração histórica. Esse processo é um fenômeno sociológico. Não vai ficar bem o autor do post e ex tfp negar esse processo histórico.
Comentei o seu post com respeito e elevação não o conheço e não lhe dei intimidade para elucubrar sobre se sou feliz ou deixo de ser. E também não pedi a você nenhuma sugestão historiográfica.
Você é um ex tfp sem formação universitária, sem profissão, sem trabalho e que ganha a vida de maneira inexplicável... Você não tem condição intelectual para questionar o conhecimento de ninguém. É melhor você ter cuidado com o que diz.
Por fim, meu nome é Ybiraguaçu e nós não estamos mais em 1967. Você não tem mais general geisel e delegado fleury pra te dar guarida. O mundo virou. Pior para você, ex tfp.

Anônimo disse...

Caro Ybiraguaçu, mais uma vez, sua mensagem está apaixonada e agressiva.
Sua maneira odiosa de se referir à TFP, cujos ideais nunca abandonarei, indicam bem seus pendores esquerdistas.
Há décadas eu conheci e tomo como modelo o Professor Plinio Corrêa de Oliveira, com quem aprendi a ser um católico autêntico e, portanto anti-comunista, anti nazista e anti socialista.
É evidente que houve erros e abusos por parte dos ingleses, como também de outros povos na África.
Mas é evidente que muitos daqueles pobres selvagens, que aliás eram escravos, receberam a civilização e se tornaram pessoas de real valor para a sociedade.
Se o meu amigo persquisar vai encontrar estudos atuais sobre países da África que demonstram isso. Por exemplo o Benim, onde ex-escravos brasileiros atingiram super realização.
Contudo meu comentário à foto mostra claramente que não existe ódio entre as classes humildes e as classes mais altas, conforme pregam e procuram criar vários movimentos de esquerda.
Não quer dizer que os pobres devam ser pisados pelos abastados, absolutamente.
Sou, por ser católico, a favor da harmonia social e não da luta de classes.
A foto demonstra mais essa harmonia do que o ódio mútuo. E isso é bom.
O mundo só será realmente feliz havendo harmonia entre as classes e não ódio igualitário.
Respeitosamente
Marcos Garcia

Anônimo disse...

Entrei ocasionalmente nesta discussão e notei que ela foi bem além da foto e derivou para o campo dos princípios.
Acho que isto é bom, pois num mundo em que as pessoas estão voltadas para si mesmas, pensar em razões mais elevadas é bom sinal.
Nem só de pão vive o homem, diz Nosso Senhor no Evangelho.
O pão é necessário, mas ficar só nele indica curteza de vistas. Não acuso ninguém, apenas constato o fato.
Outro fato incontestável é que os homens são desiguais em inúmeros aspectos, embora guardando a igualdade fundamental de terem todos a mesma natureza.
Essa desigualdade, ao longo dos séculos e dos milênios, tem se manifestado sempre, muitas vezes de modo errado e abusivo, como nos povos pagãos, outras vezes de modo proporcionado e orgânico, como na autêntica civilização cristã.
Daí São Tomás de Aquino explicar que a desigualdade de si é um bem, embora, como tudo que é humano, esteja sujeita a abusos.
Creio que se esta polêmica se mantiver no campo dos princípios ela pode ser muito salutar e atraente. Se descer para o campo pessoal, desinteresso-me dela.
Cid Alencastro

Anônimo disse...

Jesus ensinou que: “Não só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus” (Mat. 4, 3). E o desejo de Jesus, a vontade de Deus, é que: “Todos tenham vida em abundância” (Jo. 10, 10). Vejam que Jesus não disse que o homem vive de contemplar a abundância em seu semelhante. Jesus ensinou que todos têm direito de viver com abundância.
Por isso dizer que a defesa de pão para a criança africana é “curteza de vista” é um pecado... porque foge da vontade de Deus. Deus quer que TODOS tenham vida com abundância. Garantir essa vida a todos não é igualitarismo. É obediência à vontade de Deus, Criador.
Não se pode voltar ao passado e impedir os crimes imperialistas, dentre eles a escravidão do índio e do africano, motivados pela ambição desmedida de governos europeus. Mas por que não construir a partir de agora uma era de paz, de partilha?
Anunciar o Evangelho NÃO significa odiar quem não crê em Nosso Senhor. Foi Jesus mesmo quem nos ensinou que o que importa é a obediência à vontade de Deus. Vejam a “Parábola dos dois filhos” (Mat. 21, 28 a 32).

Anônimo disse...

Nosso Senhor também disse:
"Pobres sempre os tereis entre vós."
"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".
Entre Marta e Maria, disse Nosso Senhor a Marta "Maria escolheu melhor parte".
"Buscai o Reino de Deus e SUA justiça, e o resto lhe será dado por acréscimo".
São ditos tão conhecidos que me abstenho de buscar as citações.
Pregar o Evangelho consiste em pregá-lo completo.
Nosso Senhor não acabou com a fortuna de nunhum rico nem enriqueceu nenhum pobre. Contudo dava esmolas aos pobes e tomava refeições nas mesas dos ricos. Seu primeiro milagre foi nas bodas de Caná.
Os pobres deve ser amados e ajudados, sobretudo espiritualmente.
Os ricos não são maus pelo fato de serem ricos. Devem ser desapegados, se quiserem ganhar o Céu. E devem ajudar os pobres.
Quando os Mandamentos forem cumpridos (os 10!), nós teremos o Reino de Cristo.
Concordo inteiramente que estamos para entrar numa nova etapa da história, conforme Nossa Senhora anunciou em Fátima:
"Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!"
Aí haverá a paz de Cristo, no Reino de Cristo.
Mui respeitosamente
Marcos Garcia

Anônimo disse...

Foi na Ceia de Betânia, depois da ressurreição de Lázaro que Jesus disse : “Sempre tendes os pobres convosco, mas a mim não me tendes sempre” (Jo 12, 1-11). A frase foi dita para defender a mulher que derramou balsamo feito de nardo sobre Nosso Senhor.
Diziam os presentes que o valor daquele balsamo vertido sobre o Salvador poderia ser dado aos pobres.
Nessa passagem Jesus se mostra grato à mulher que lhe dedicou um gesto de amor, de carinho. E ensina com muita clareza que NÃO é desperdício amar a Deus.
É essa a lição. Entender que a pobreza do semelhante é vontade de Deus é uma blasfêmia.

Para os fariseus que provocavam Jesus perguntando se os impostos deveriam ser pagos (que era a grande queixa do povo judeu contra o império romano) Nosso Senhor disse: “De quem é essa imagem e inscrição? Então daí pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (São Marcos 12, 18). Isso também não quer dizer que Jesus ensina que os pobres devem viver de contemplar os ricos.

Na passagem de Marta e Maria Jesus novamente ensina que o tempo dedicado a Deus não é tempo ocioso. Jesus ensina que o trabalho e as coisas do mundo (pode incluir riqueza nessa lista) não são mais importantes do que estar com Deus (pode conferir em São Lucas, 10, 42).

Quando o jovem rico disse a Jesus que já praticava todos os mandamentos o Salvador disse a ele: “Se queres ser perfeito vai, vende o que tens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me” (São Mateus 19, 16).

Acho que o Salvador ama os ricos e os pobres. Mas uma coisa está clara nos Evangelhos, Cristo NUNCA ensinou que o pobre deve contemplar a suntuosidade do rico. Nós pobres também não devemos julgar os ricos (São Mateus 7, 1-5). Eu prefiro ficar com Deus no coração e deixar o rico e sua ostentação pra lá, bem pra lá. Deus que cuide dele do jeito que achar melhor. Agora, o que for obrigação de César precisa mesmo é ser cobrado de César...

Acho que pregar o Evangelho completo vai ser difícil nesse espaço tão pequeno. Mas as passagens estão identificadas para quem quiser conferir. Vale a pena ler também a exortação contra os Falsos Profetas (São Mateus 7, 15). Essa é só uma opinião.